O empresário e dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, agradeceu pela moção de aplauso e louvor aprovada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados na terça-feira, 9. Na rede social, o bilionário disse estar "muito agradecido", ao repostar uma publicação que diz que comitê do governo brasileiro elogiou, oficialmente, a "exposição da censura" feita por ele.
O colegiado, de maioria bolsonarista, deu aval à honraria em meio ao embate entre o empresário com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais, que incluiu Musk no inquérito das milícias digitais. Na justificativa, o deputado e autor do requerimento, Coronel Meira (PL-PE), afirmou que Musk teria exposto e enfrentado a "censura política" que é "infundada imposta pela Justiça brasileira contra os usuários da plataforma no país."
"Pela coragem, respeito do Estado de Direito e compromisso com a liberdade, propomos a presente moção", diz a justificativa que acompanha a proposta.
Desde sábado, 6, o empresário sul-africano tem utilizado de seu perfil oficial no X para tecer críticas ao ministro, após exigência da suspensão de alguns perfis na rede. Após comentários afirmando que o ministro deveria "renunciar ou sofrer um impeachment" e pedir um "debate aberto". Em outra publicação, Musk se referiu a Moraes como "ditador do Brasil" e afirmou que juiz do Supremo possui "Lula na coleira".
A votação da moção de aplauso e louvor ao empresário foi marcada por bate-boca entre os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES) na Casa. Durante fala contra aprovação da moção, o deputado psolista mencionou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e escândalos relacionados à família Bolsonaro.
Com o microfone desligado, o parlamentar do PL chamou Braga de "palhaço" e se levantou para continuar a discussão. Em resposta, Braga disse que "não adianta colocar bandeira do Brasil nas costas e ficar de joelho para um bilionário." O deputado do PSOL era o único membro da oposição presente durante sessão desta terça.
No X, os parlamentares comentaram a discussão. "Um falso-patriota ficou bravo quando falei do ex-presidente dele durante uma moção para Elon Musk", escreveu Braga. Já Gilvan descreveu o bate-boca como "dia a dia" na Câmara dos Deputados com "escória da esquerda".
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