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MST desocupa fazendas da Suzano invadidas no ES 10 dias após decisão judicial

Dez dias após liminar dada pela Justiça para a saída dos invasores, integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) desocuparam nesta quinta-feira, 27, duas fazendas com cultivo de eucalipto da empresa Suzano, invadidas desde o dia 17 de abril, em Aracruz, n

José Maria Tomazela (via Agência Estado)

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Escrito por José Maria Tomazela (via Agência Estado)
Publicado em 27.04.2023, 16:08:00 Editado em 27.04.2023, 16:13:23
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Dez dias após liminar dada pela Justiça para a saída dos invasores, integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) desocuparam nesta quinta-feira, 27, duas fazendas com cultivo de eucalipto da empresa Suzano, invadidas desde o dia 17 de abril, em Aracruz, no Espírito Santo. A ação fez parte de uma mobilização nacional do movimento conhecida como "Abril Vermelho" em que são lembradas as mortes de 19 sem-terra pela Polícia Militar em abril de 1996, em Eldorado dos Carajás, sudeste do Paraná.

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Além das fazendas da Suzano, o MST invadiu outras 12 áreas rurais este mês, entre elas uma unidade de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no município de Petrolina, em Pernambuco. Essa área foi desocupada no último fim de semana. Após a desocupação, porém, integrantes do movimento invadiram outras três propriedades rurais na Bahia e ainda estão nessas fazendas.

O MST havia prometido deixar as propriedades da Suzano após negociações com o governo federal nas quais obtiveram a nomeação de simpatizantes para cargos de chefia em órgãos regionais do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e promessa de aumento nas verbas para a aquisição de terras para o programa de assentamentos da reforma agrária.

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O despejo dos invasores da Suzano foi determinado pela Justiça em ação de reintegração de posse movida pela empresa no mesmo dia da invasão. No dia 18, as lideranças foram intimadas, mas conseguiram obter mais prazo em negociação com os governos estadual e federal. A Suzano confirmou a reintegração das áreas "produtivas, invadidas ilegalmente" pelo MST. "A saída dos grupos, em cumprimento à decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada", disse, em nota.

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