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Motta, pré-candidato alinhado a lira, defende fim de 'agenda de radicalização'

Ao participar de um evento ontem em São Paulo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), defendeu que o Congresso Nacional saia "de uma agenda de radicalização" e adote uma "agenda propositiva" para o País.

Victor Ohana e Eduardo Laguna (via Agência Estado)

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Escrito por Victor Ohana e Eduardo Laguna (via Agência Estado)
Publicado em 22.10.2024, 07:07:00 Editado em 22.10.2024, 07:54:43
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Ao participar de um evento ontem em São Paulo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), defendeu que o Congresso Nacional saia "de uma agenda de radicalização" e adote uma "agenda propositiva" para o País. Motta é pré-candidato à presidência da Câmara e vem sendo apontado como o nome que Lira irá apoiar formalmente na disputa por sua sucessão, em fevereiro de 2025. Os deputados participaram na capital paulista da 24.ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol. Em discurso na solenidade, realizada em um hotel, Lira cortejou Motta e afirmou que a condução da presidência da Casa "se deve à qualidade dos seus líderes".

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O líder do Republicanos deu declarações a favor do "dialogo com os outros Poderes" cerca de dez dias após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar um pacote de medidas legislativas que preveem diminuir o poder dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e até controlar a Corte. Foram duas propostas de emenda à Constituição (PECs) e dois projetos de lei. As iniciativas limitam poderes dos magistrados para tomar decisões de forma isolada, autorizam o Parlamento a anular julgamentos do Supremo e propõem novo rito para processos de impeachment de integrantes do tribunal.

As duas PECs - uma restringe decisões monocráticas no STF e a outra permite ao Congresso sustar determinações da Corte - foram desengavetadas por Lira em agosto, em retaliação ao julgamento que chancelou a decisão do ministro do STF Flávio Dino de suspender as emendas parlamentares ao Orçamento.

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"A nossa candidatura é uma candidatura a favor da Casa. É uma candidatura que tem que representar o sentimento dos parlamentares. E nesse sentimento dos parlamentares, está o diálogo com os outros Poderes, com o Executivo, com o Judiciário", declarou Motta depois de deixar a conferência em São Paulo.

Lira ainda não anunciou publicamente que Motta é seu candidato para a sucessão, mas o deputado alagoano tem defendido essa indicação nos bastidores.

"Podemos ter uma agenda propositiva, que se preocupe com o País, que possamos discutir os verdadeiros problemas da população e, com isso, possamos sair de uma agenda de radicalização que, ao meu ver, não contribui em nada com as soluções que precisamos dar aos sérios problemas que a população brasileira enfrenta."

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Postulantes

Além de Motta, concorrem pelo posto o líder do União, Elmar Nascimento (BA), e o líder do PSD, Antonio Brito (BA). Também são lembrados na disputa o líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), e o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).

Motta disse acreditar em um consenso em torno de sua candidatura. "Temos confiança de que construiremos essa candidatura de consenso, da extrema direita à extrema esquerda, para que tenhamos a Casa funcionando bem, os partidos respeitados, e que cada um possa defender a pauta que entende ser importante para o País", afirmou ele.

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Após 2º turno

Durante o evento, Lira saudou o deputado do Republicanos ao elogiar os líderes das bancadas no Congresso. Ele disse que vai se posicionar oficialmente sobre o seu candidato à sucessão na Câmara após o segundo turno das eleições municipais - a votação será no próximo domingo.

"Tenho todos (os pré-candidatos) na mais alta conta, todos têm condição de representar o Parlamento. Estou em um evento aqui de um setor importante para o Brasil e não é momento para falar de sucessão, pelo menos agora. Nós vamos ter a oportunidade ainda. O segundo turno vai passar, vamos esperar o resultado das eleições e aí a gente se posiciona", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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