O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, que está preso há quase um ano por suposta interferência nas eleições 2022. Moraes entendeu que a liberdade de Silvinei já não representava mais risco à investigações e lhe impôs uma série de medidas cautelares.
Silvinei terá de usar tornozeleira eletrônica e está proibido de usar as redes sociais e de portar arma. Também teve seu passaporte cancelado.
O ex-chefe da PRF foi o alvo principal da Operação Constituição Cidadã, ofensiva aberta em agosto do ano passado para apurar o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno do pleito de 2022, com o direcionamento de recursos, por parte de integrantes da PRF, para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro daquele ano.
Silvinei Vasques assumiu a chefia da PRF em abril de 2021, quando foi empossado o ex-ministro da Justiça Anderson Torres - alvo de investigação por suposta omissão ante os atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-diretor da PRF se aposentou em dezembro do ano passado, aos 47 anos e no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro, no meio de uma série de investigações sobre sua atuação em meio às eleições.
Às vésperas do pleito, ele chegou a usar sua conta para pedir o voto ao então presidente Jair Bolsonaro. Ele publicou nos stories uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: "Vote 22, Bolsonaro presidente".
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