O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou nesta sexta-feira, 30, que o julgamento que analisou a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro trate sobre liberdade de expressão, ao citar episódios em que a Corte e a sociedade civil foram alvos de desinformação. Segundo ele, não houve, por parte da Corte, atitude de conspirar contra sua então reeleição.
Durante seu voto, Moraes pontuou que Bolsonaro atacou a lisura do processo eleitoral "que o elege há 40 anos".
"Isso não é exercício de liberdade de expressão, isso é conduta vedada", disse Alexandre de Moraes. "Ao fazer isso, utilizando-se do cargo de presidente da República, do dinheiro público, da estrutura do Palácio da Alvorada, da TV pública, é abuso de poder", comentou o magistrado.
Segundo ele, a reunião seguiu um "modus operandi", que já havia sido praticado em diversos episódios, de bombardear eleitores com desinformação.
"Não há necessidade de avaliar fatos anteriores ou posteriores, há necessidade de avaliar reunião", pontuou o presidente do TSE.
Na fala, o magistrado citou episódios em que o TSE sofreu ataques e foi alvo de desinformação "para angariar mais votos, mais eleitores".
Moraes acusou de mentira por parte de Bolsonaro a alegação de que houve acesso a urnas e ao código fonte por um hacker. "Todos sabemos que as urnas são offline, tudo querendo insinuar fraude", disse.
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