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Moraes decreta prisão preventiva de Cid por obstrução de Justiça

Tenente-coronel criticou a Polícia Federal em áudios e disse que operação era "narrativa pronta"

Pepita Ortega (via Agência Estado)

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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Icone Camera Foto por Lula Marques/Agência Brasil
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Escrito por Pepita Ortega (via Agência Estado)
Publicado em 22.03.2024, 15:18:00 Editado em 22.03.2024, 18:21:22
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O ex-ajudante de ordens da Presidência tenente-coronel Mauro Cid foi preso nesta sexta-feira, 22, após deixar audiência com o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, para confirmar os termos de sua delação premiada. O mandado de prisão, com caráter preventivo, foi expedido por Moraes por descumprimento de medidas cautelares impostas ao tenente-coronel - que estava em prisão domiciliar - e obstrução à Justiça.

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O Supremo Tribunal Federal informou que a validade da delação de Cid - a homologação, feita por Moraes - 'está sob análise'.

-LEIA MAIS: Diretor da PF aciona STF contra Mauro Cid por ter sugerido em áudio que foi coagido

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Cid compareceu ao STF na tarde desta sexta, 22, após a divulgação de áudios em que ele diz que o inquérito da Operação Tempus Veritatis é uma "narrativa pronta". Nos áudios, o militar também diz que Moraes já tem a sentença dos investigados. As gravações foram reveladas pela revista Veja. Em uma delas, Cid afirma que os investigadores 'não queriam saber a verdade' sobre a tentativa de golpe de Estado, e sim confirmar uma 'narrativa pronta'.

Os áudios respingam diretamente na delação do tenente-coronel. As revelações do militar abasteceram uma série de inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, em especial a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada pela cúpula do governo Bolsonaro.

O depoimento de Cid, no STF, ocorre dez dias depois de o delator comparecer à Polícia Federal para ser ouvido, pela sexta vez, no bojo de seu acordo de delação premiada. A oitiva durou mais de nove horas e foi realizada em um mesmo dia à pedido da defesa de Cid.

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Na ocasião, Cid confirmou detalhes de uma série de encontros com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e da cúpula de seu governo para debaterem um plano de golpe de Estado, mas afirmou não ter participado da discussão entre Bolsonaro e o alto escalão das Forças Armadas sobre o mesmo tema.

A oitiva também se dá logo após o indiciamento do ex-presidente por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação na investigação sobre a fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura. Cid também foi incriminado pela PF, não só pelos delitos ligados aos documentos falsos do ex-chefe do Executivo, mas também pelas investidas para conseguir comprovantes de imunização contra a covid-19 para sua mulher Gabriela e suas filhas.

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