O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, é presença confirmada no desfile da Portela no carnaval deste ano. Sob o enredo "Um defeito de cor", a azul e branco de Oswaldo Cruz contará na avenida a obra literária homônima de Ana Maria Gonçalves. No enredo, ele interpretará o advogado e abolicionista Luiz Gama.
Em seu desfile, a agremiação do subúrbio carioca pretende apresentar a jornada de mulheres pretas que lutaram pelo fim da escravidão. Além disso, a passagem da escola pela Marquês de Sapucaí discorrerá sobre lições inspiradas em Luiza Mahim, que é a mãe Luiz Gama e é a protagonista do romance.
Silvio Almeida foi o primeiro presidente do Instituto Luiz Gama, associação sem fins lucrativos formada por juristas empenhados na defesa de causas populares, principalmente sobre assuntos raciais e de direitos humanos.
No último mês, Silvio Almeida foi ao barracão da escola e conheceu um pouco o trabalho que está sendo produzido. A autora Ana Maria Gonçalves convidou o ministro.
Outros políticos no carnaval
Além do chefe da pasta dos Direitos Humanos, outra ministra de Lula também deve desfilar no sambódromo carioca no carnaval 2024. Trata-se da ministra dos povos Indígenas, Sônia Guajajara (Psol), que foi convidada no fim do ano passado pela presidência da Acadêmicos do Salgueiro para desfilar pela agremiação.
A vermelho e branco da Tijuca apresentará o enredo "Hutukara", que promete ser uma grande homenagem ao povo Yanomami.
A ministra aceitou o convite, mas sua presença está condicionada à agenda ministerial. Caso realmente desfile, ela virá ao lado de outros indígenas e indigenistas no último carro da agremiação. Não há fantasias.
A participação de políticos nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro não é novidade. O prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), por exemplo, desfila todos os anos na Portela, sua escola de coração. Bem como o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), que é figura presente todos os anos na passagem da Estação Primeira da Mangueira no sambódromo.
Outra que já saiu na verde e rosa foi a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Sob o enredo "As Áfricas que a Bahia canta", a chefe da pasta desfilou e, também, foi intérprete na gravação do samba-enredo.
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