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Ministro da Educação solicita demissão após denúncias de corrupção

Quem deve assumir o MEC no lugar de Ribeiro é o secretário-executivo Victor Godoy Veiga

Da Redação

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Ministro da Educação solicita demissão após denúncias de corrupção
Icone Camera Foto por Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.03.2022, 17:47:30 Editado em 28.03.2022, 19:25:40
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Nesta segunda-feira (28), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou o cargo ao presidente Jair Bolsonaro. O ministro está sendo investigado por suspeita de envolvimento com pastores que cobravam propina para intermediar recursos para escolas.

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Em carta ao presidente do Brasil, Milton disse que as reportagens revelando corrupção na sua Pasta "provocaram uma grande transformação em sua vida". Afirmou ainda, que uma pessoa próxima a ele "poderia estar cometendo atos irregulares", e, dessa forma, "devem ser investigados com profundidade".

O pedido de demissão ocorre no mesmo dia em que o Estadão revelou que em evento do MEC foram distribuídas Bíblias com fotos do ministro, que para especialistas ato pode ser enquadrado como crime. A derrocada do ministro começou no dia 18 deste mês, após publicação da primeira reportagem do Estadão sobre o gabinete paralelo no gabinete de Ribeiro com atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

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Quem deve assumir o MEC no lugar de Ribeiro é o secretário-executivo Victor Godoy Veiga, mas de forma interina.

Em um dos casos de privilégio aos evangélicos, a prefeitura de Bom Lugar (MA) conseguiu o empenho de parte do dinheiro solicitado apenas 16 dias depois de um encontro mediado pelos religiosos. A prefeita Marlene Miranda (PCdoB) e seu marido Marcos Miranda participaram no dia 16 de fevereiro de uma reunião no ministério intermediada pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

O agora ex-ministro era reitor da Universidades Presbiteriana Mackenzie, instituição de ensino privada de São Paulo, e estava no cargo desde junho de 2019, após Abraham Weintraub sair do ministério.

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Com a demissão, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) passará por sua quinta gestão diferente do MEC. Além de Ribeiro e Weintraub, também comandaram a área federal da educação o professores Ricardo Vélez Rodrguez e Carlos Alberto Decotelli, este último teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União, mas ficou somente cinco dias na função, sem nunca ter despachado, por conta de inconsistências no currículo.

Após a revelação do caso do gabinete paralelo, deputados decidiram acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Ribeiro seja investigado por suspeita de improbidade administrativa e crime de responsabilidade, entre outras irregularidades.

Os deputados federais Kim Kataguiri (União-SP) e Túlio Gadêlha (PDT-PE) protocolaram pedidos para que a PGR apure as denúncias contra o ministro. Gadelha também apresentou requerimento para que Ribeiro seja convocado a prestar esclarecimentos ao plenário da Câmara. Antes, o deputado Rogério Correia (PT-MG) havia elaborado outro requerimento para pedir a convocação de Ribeiro para falar na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Na última sexta-feira, 18, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a apuração do caso.

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Fonte: Informações do Bem Paraná.

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