Após inicialmente cancelar a participação da CPI do MST para prestar esclarecimentos sobre as invasões promovidas pelo movimento dos sem terra, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou atrás e agora comparecerá à sessão. Ele avisou o presidente da comissão, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), por telefone no começo da tarde desta quarta-feira, 16.
Antes disso, o chefe da pasta disse que não poderia comparecer ao audiência sob a justificativa de que tem de cumprir uma "extensa agenda ministerial". Fávaro não apresentou datas alternativas e nem sugeriu que os integrantes da comissão estipulassem uma nova data.
"Levamos a vosso conhecimento que, em razão da extensa agenda ministerial, não será possível o comparecimento na audiência em tela. Contamos com vossa compreensão e enviamos cordiais cumprimentos", escreveu a coordenadora-geral de agenda, cerimonial e eventos da pasta, Rosane Henn, em e-mail enviado à comissão antes de ligar para o presidente da CPI.
Assim como no caso do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que também cancelou previamente a primeira participação, a ameaça de convocação feita pela oposição motivou a mudança de planos.
Os integrantes da comissão foram inicialmente comunicados da ausência do ministro nesta terça-feira, 15, após um telefonema do ministério para a secretaria da CPI. O comunicado incomodou o relator, Ricardo Salles (PL-SP), que o chamou de "fujão" e "traidor do agro".
Nesta quarta, Fávaro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participou da Marcha das Margaridas. O evento em Brasília, realizado de quatro em quatro anos, defende as pautas políticas de mulheres trabalhadoras rurais. Ele também tem agenda à tarde.
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