MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Milícia digital se reorganizou e tenta ganhar aderência da comunidade internacional, diz PF

A Polícia Federal (PF) avalia que investigados no inquérito das milícias digitais estão se reorganizando, após terem os perfis bloqueados nas redes sociais. O alerta foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).O delegado Fábio Alvarez Shor afirma que o

Rayssa Motta (via Agência Estado)

·
Escrito por Rayssa Motta (via Agência Estado)
Publicado em 20.04.2024, 15:50:00 Editado em 20.04.2024, 15:55:24
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A Polícia Federal (PF) avalia que investigados no inquérito das milícias digitais estão se reorganizando, após terem os perfis bloqueados nas redes sociais. O alerta foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

continua após publicidade

O delegado Fábio Alvarez Shor afirma que o grupo montou estrutura fora do Brasil, para escapar de novos reveses na Justiça, e vem tentando "obter a aderência de parcela da comunidade internacional com afinidade ideológica".

O objetivo, segundo a Polícia Federal, é "impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo aos poderes constituídos".

continua após publicidade

"Os investigados intensificaram a utilização da estrutura da milícia digital fora do território brasileiro com os objetivos de se furtar ao cumprimento das ordens judiciais e tentar difundir informações falsas", afirma a Polícia Federal.

As informações fazem parte de um relatório enviado ao STF na investigação que se debruça sobre as ameaças do empresa Elon Musk, dono de rede social X, de reativar perfis bloqueados por ordem judicial.

Segundo a PF, a plataforma vem permitindo que contas suspensas por determinação do STF façam transmissões ao vivo.

continua após publicidade

"Os investigados nunca cessaram suas condutas criminosas. No entanto, nesse momento, vislumbra-se uma reorganização da milícia digital dentro dos limites da jurisdição brasileira, com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do País pelos investigados", diz a Polícia Federal.

Os investigadores destacaram que o modo de agir do grupo é o mesmo do "gabinete do ódio" - impulsionamento de notícias falsas e ataques virtuais coordenados nas redes sociais para manter apoiadores mobilizados.

Essas campanhas seriam organizadas às custas de "espantalhos", ou seja, de alvos pré-determinados. A PF cita como exemplos os casos da subprocuradora Deborah Duprat, que se opôs ao homeschooling, do ex-ministro Carlos Alberto Santos Cruz, que contrariou a ala ideológica do governo Jair Bolsonaro, e do ex-governador João Doria e do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia por críticas ao ex-presidente na gestão da pandemia.

continua após publicidade

"Fica evidenciado a utilização do mecanismo que tem pré-determinado seu elemento subjetivo, qual seja, a 'destruição' de reputações e a disseminação de notícias falsas para atingimento de um propósito."

A PF concluiu que a influência dos investigados nas milícias digitais não pode ser considerada "meramente secundária ou coadjuvante" para "induzir ou instigar a prática de infrações penais por terceiros".

"Os investigados, ao escolherem os alvos, estão acionando a ignição de um mecanismo que já tem pré-determinado seu elemento subjetivo, qual seja, a 'destruição' de reputações e a disseminação de notícias falsas para atingimento de um propósito, dentre eles: a) ataques virtuais a opositores; b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral; c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Milícia digital se reorganizou e tenta ganhar aderência da comunidade internacional, diz PF"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!