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Michelle e Eduardo eram ‘radicais’ em defesa do golpe, disse Cid em delação

A delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente coronel Mauro Cid, narra que os conselheiros do então presidente após a derrota eleitoral em 2022 se dividiam em "radicais, "conservadores" e moderados". No grupo mais agressivo, que defe

Vinícius Valfré (via Agência Estado)

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Escrito por Vinícius Valfré (via Agência Estado)
Publicado em 19.02.2025, 12:27:00 Editado em 19.02.2025, 12:33:58
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A delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente coronel Mauro Cid, narra que os conselheiros do então presidente após a derrota eleitoral em 2022 se dividiam em "radicais, "conservadores" e moderados".

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No grupo mais agressivo, que defendia a insistência na busca por fraude em urnas eletrônicas e por um golpe de Estado com um braço armado, estariam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Ambos, entretanto, não foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República.

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Além dos familiares do presidente, a ala mais radical tinha ainda o ex-ministro Onyx Lorenzoni, o senador Jorge Seif (PL-SC), o ex-ministro Gilson Machado, o senador Magno Malta (PL-ES) e o general Mário Fernandes. Eles também não estão entre os formalmente denunciados pela PGR.

Nesse grupo, segundo Mauro Cid, havia uma subdivisão com os "menos radicais". Estes insistiam por tentar encontrar "elemento concreto" de fraude nas urnas eletrônicas. Aí estariam o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e um "grupo de pessoas que prestavam assessoramento técnico".

"Recebiam muitas informações de fraudes. O presidente repassava as possíveis denúncias para os generais Pazuello e Paulo Sérgio para que fossem apuradas. O grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maioria era explicada por questões estatísticas", afirmou Mauro Cid.

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No grupo conservador, estariam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) Bruno Bianco, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o brigadeiro Batista Junior, então comandante da Aeronáutica.

Segundo o relato de Mauro Cid, eles aconselhavam o presidente a desmobilizar apoiadores em frente a instalações do Exército e se colocar como um grande líder da oposição.

Uma outra ala era formada, segundo a delação, pelos "moderados". Eles eram, em maioria, generais da ativa que "apesar de não concordarem com o caminho que o Brasil estava indo, com abusos jurídicos", entendiam que não havia nada a ser feito diante do resultado desfavorável a Bolsonaro nas eleições.

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Para esse grupo, qualquer coisa em outro sentindo "seria um golpe armado que representaria um regime militar por mais 20 ou 30 anos". No grupo estariam o então comandante do Exército, general Freire Gomes, o chefe do Departamento de Engenharia e Construção, general Arruda, chefe do Comando de Operações Terrestres, general Teófilo, e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio.

Na lista de "moderados" relatados por Cid havia ainda aqueles que aconselhavam Bolsonaro a sair do País. Entre eles, o empresário Paulo Junqueira, que financiou a ida para os Estados Unidos, e Nabhan Garcia, secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura.

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