Integrantes do Congresso brasileiro estão em solo americano para acompanhar a apuração dos votos da eleição presidencial dos Estados Unidos, disputada entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. A maioria dos parlamentares é aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que aposta na vitória do republicano para fortalecer a extrema direita no País. Washington, capital dos EUA, e Miami e Orlando, cidades da Flórida, foram os destinos escolhidos pelos congressistas.
Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Rodrigo Valadares (União-SE), Mayra Pinheiro (PL-CE) - suplente em exercício na Câmara dos Deputados -, e Gilson Machado (PL-PE), licenciado da Casa, estão como observadores do pleito. Além deles, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) está nos EUA. Convidados pelo partido Republicano, de Trump, os parlamentares informaram que vão custear os gastos com passagens aéreas e hospedagens.
Já o deputado federal José Airton Cirilo (PT-CE) é o único entre os parlamentares que estão no país da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar informou que foi designado pela Câmara para acompanhar as eleições nos EUA, a convite do partido Democrata, de Harris. Os gastos da viagem dele serão ressarcidos pela Casa, mediante prestação de contas.
Os parlamentares se valeram de uma semana com menos atividades no Congresso, em razão da realização da Cúpula de Parlamentares do G-20, o P-20. Na Câmara, o expediente está suspenso, enquanto no Senado, a modalidade da sessão é semipresencial, permitindo o deslocamento.
Os bolsonaristas repetem a eleição presidencial americana em 2020, quando também foram registradas no país visitas de parlamentares brasileiros durante a apuração dos votos. Neste ano, políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro têm se posicionado de forma ativa pelo candidato republicano, enquanto os governistas são favoráveis a Kamala Harris.
Durante a passagem pelos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro, o filho "03" de Jair Bolsonaro, encontrou-se com Jordan Peterson, escritor canadense e figura influente da direita americana. Como mostrou a Coluna do Estadão, a viagem é mais uma investida para consolidá-lo como o nome da direita para disputar o Senado em 2026, possivelmente em chapa com o deputado federal Ricardo Salles (Novo).
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