A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) se disse preocupada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não reconhecer a tese do marco temporal em relação à demarcação de terras indígenas. "Os impactos desse novo entendimento do STF, especialmente para Santa Catarina, são preocupantes, pois o Estado, que possui apenas 1,1% do território nacional, é constituído basicamente por pequenos produtores rurais, e serão essas famílias rurais que, novamente, estarão ameaçadas em face do novo entendimento do STF", afirmou em nota.
Para a entidade, a tese do marco temporal "em hipótese alguma retira direitos de indígenas, apenas garante um critério objetivo para fins de efetivação de uma política de demarcações, sem subtrair o direito de propriedade das famílias rurais".
"A esperança, agora, repousa no Poder Legislativo, pois o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei sobre a ocupação de terras por povos indígenas (PL 2903/2023), matéria que se encontra, atualmente, em tramitação no Senado Federal - e, caso aprovado, certamente trará paz no campo, sem ferir o direito de propriedade das famílias rurais e sem desrespeitar o direito dos povos originários", disse.
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