A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, nesta sexta-feira, 11, para explicar onde foram parar as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. A Polícia Federal deflagrou operação Lucas 12:2 para apurar a venda irregular de presentes que o ex-presidente recebeu enquanto estava no cargo. Em vídeo divulgado pelo site G1, Michelle aparece acompanhada do seu maquiador, o uruguaio Agustín Fernandez. Diante das cobranças para que desse explicações sobre o destino das joias, o maquiador saiu em defesa da amiga e chamou a mulher de "vagabunda". O vídeo mostra ainda Michelle indo falar com a mulher que lhe fazia cobranças públicas. "Tão mal informada que saberia onde estão as joias", diz a ex-primeira-dama. Logo após, é possível ver que a mulher que filmava a abordagem a Michele é atingida por um copo com água e gelo. Além de ser seu maquiador, Agustín, que possui mais de 4,8 milhões de seguidores no Instagram, é um amigo próximo da ex-primeira dama. Em março deste ano, os dois lançaram uma linha de produtos de cosméticos. Em uma nota enviada ao
, a assessoria da ex-primeira-dama disse que ela foi importunada com provocações e insultos quando estava em um almoço com amigas e atendia a pedidos para tirar fotos com um casal. Segundo a equipe de Michelle, as perguntas feitas pelas mulheres seriam uma "tentativa de preparar uma cilada midiática". "Repudiamos esse tipo de ação contra quem quer que seja e, principalmente, quando se verifica a premeditação da prática do mal com a finalidade desonesta de obter, no mínimo, ganhos midiáticos em detrimento da honra e da paz das pessoas", disse a assessoria. A Operação Lucas 12:2, deflagrada nesta sexta-feira, 11, pela PF, revelou que aliados do ex-presidente teriam vendido joias e outros objetos de valor recebidos em viagens oficiais da Presidência da República. As vendas investigadas seriam de presentes que Bolsonaro recebeu por conta do seu cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporados ao acervo da União, mas foram omitidos dos órgãos públicos, incorporados ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociados para fins de enriquecimento ilícito. De acordo com a PF, os montantes obtidos das vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de laranjas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. A ex-primeira dama está diretamente ligada às provas coletadas pela PF. Em uma troca de mensagens para discutir a venda dos itens preciosos, auxiliares do ex-presidente disseram que Michelle havia "sumido" com uma joia recebida pelo então chefe do Executivo.
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