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Malunguinho e Mônica acusam deputados da Alesp de violência política e transfobia

As deputadas Monica Seixas e Erica Malunguinho, ambas do PSOL, estão acionando o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo contra os parlamentares Welligton Moura, Gilmaci Santos e Douglas Garcia (Republicanos) por episódios de alegadas vio

Pepita Ortega (via Agência Estado)

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Escrito por Pepita Ortega (via Agência Estado)
Publicado em 23.05.2022, 15:21:00 Editado em 23.05.2022, 15:25:06
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As deputadas Monica Seixas e Erica Malunguinho, ambas do PSOL, estão acionando o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo contra os parlamentares Welligton Moura, Gilmaci Santos e Douglas Garcia (Republicanos) por episódios de alegadas violência política de gênero, transfobia e injúria racial.

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As representações assinadas por Mônica Seixas, contra Moura (violência política e injúria racial) e Santos (violência e machismo) já foram protocoladas na Alesp, sendo que a parlamentar prepara representação a ser apresentada no Ministério Público Eleitoral contra o primeiro. Já Malunguinho está elaborando a representação contra Garcia (violência política de gênero e transfobia), documento que deve ser apresentado à casa legislativa ainda nesta semana.

Mônica Seixas chegou a lavrar boletim de ocorrência contra Gilmaci e Garcia por injúria e calúnia. Segundo a parlamentar, Gilmaci disse que ela era 'louca' e Garcia alegou ter sido agredido por ela. Depois, o registro foi complementado pela defesa de Malunginho, relatando o episódio envolvendo as declarações de Garcia na Alesp. A deputada também indicou que, nas redes, Garcia disse que ela 'deu um tapa em seu braço', mas sustenta que 'nada disse e apenas encostou para chamá-lo'.

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Os casos que motivaram as iniciativas das deputadas ocorreram nas últimas terça e quarta-feira, 17 e 18. O primeiro ocorreu durante sessão da Alesp que culminou na cassação do deputado Arthur do Val em razão da declaração machista de que mulheres ucranianas 'são fáceis porque são pobres'.

Na ocasião, o deputado Douglas Garcia subiu à tribuna para alegar que a deputada Erica Malunguinho, uma mulher trans, seria 'agressiva' 'quando defende que um homem que se sente mulher'.

Mônica Seixas reagiu a fala de Garcia, ressaltando que transfobia é crime. Em seguida, o deputado Gilmaci Santos chamou a deputada de 'louca', com o dedo em riste, chegando a 'tocar em seu nariz', segundo narra o boletim de ocorrência.

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No dia seguinte, durante a votação de perda do mandato do deputado Frederico D'Ávila - que xingou o papa Francisco e o arcebispo de Aparecida de 'vagabundos', 'safados', 'pedófilos' e 'canalhas' - Welligton Moura afirmou que iria 'colocar um cabresto' na boca de Mônica Seixas.

A declaração se deu após a parlamentar discursar sobre saúde pública, depois de a votação sobre o caso de D'Ávila ser adiada. O presidente da Alesp, Carlão Pignatari, interrompeu a deputada, afirmando que Mônica estava falando de um assunto diverso ao tema da sessão. Foi então Moura que falou sobre o cabresto.

A deputada chegou a reagir, falando que o colega não iria 'calar sua boca'. Em seguida, ouviu de Moura: "Vou sim".

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COM A PALAVRA, O DEPUTADO GILMACI SANTOS

Até a publicação deste texto, a reportagem tentou contato, por e-mail, com o gabinete do deputado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

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COM A PALAVRA, O DEPUTADO WELLIGTON MOURA

Até a publicação deste texto, a reportagem tentou contato, por e-mail, com o gabinete do deputado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO DOUGLAS GARCIA

Não houve transfobia nas falas do Deputado Douglas Garcia, que foi agredido com um tapa pela Deputada Erica Malunguinho, que está sendo representada no Conselho de Ética por esse motivo.

A fala do Deputado Douglas Garcia é a defesa do direito das mulheres e a exposição da contradição de quem diz defender as mulheres e, ao mesmo tempo, acha justo transexuais lutarem boxe ou MMA contra mulheres. Além disso, o Deputado Douglas Garcia já foi absolvido criminal e civilmente por se manifestar contrariamente ao uso de banheiros femininos por transexuais.

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