O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT ao Palácio do Planalto, voltou a defender neste domingo, 23, em entrevista ao DL Show, o estoque regulador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como forma de reduzir os preços dos alimentos. A medida foi adotada durante os governos do PT.
A inflação de alimentos é uma das principais preocupações da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Aliados do chefe do Executivo atribuem parte da dificuldade dele em conquistar votos da população de baixa renda aos preços nos supermercados.
Mais cedo, Bolsonaro se definiu como "o rei da picanha" ao comparar o preço da carne no Brasil com o de países da Europa e dos Estados Unidos, depois de ter criticado em diversas ocasiões Lula por tocar no assunto.
Durante a disputa eleitoral, o petista tem repetido que a população terá novamente dinheiro para "churrasco e cerveja" se ele voltar ao governo. "Se pegar valor médio do Bolsa Família lá atrás, você comprava três quilos de picanha. No nosso Auxílio Brasil você compra oito. Então, desculpa aqui, eu sou o rei da picanha", disse hoje Bolsonaro.
A declaração de Bolsonaro hoje sobre picanha, a uma semana do segundo turno, contraria o posicionamento que adotou a até pouco tempo atrás. Em 13 de outubro, durante discurso em Recife (PE), Bolsonaro afirmou que os eleitores não precisam "acreditar em promessa de picanha".
Lula, por sua vez, também disse hoje, na entrevista, que sempre houve no País pressão de patrões para que seus empregados votassem em algum candidato, mas que, na avaliação dele, situações como essa ocorrem agora "de forma descarada" a favor de Bolsonaro. O petista também voltou a defender a regulamentação do trabalho por aplicativo e dos empreendedores em geral.
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