O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta quarta-feira, 3, o Quilombo de Marambaia, no Rio de Janeiro, região onde passou as festividades de final de ano. Em vídeo publicado nas redes sociais, o petista disse que apenas com o conhecimento sobre a exploração ocorrida no Brasil a populações indígenas e negras é que será possível construir um País "mais digno para o povo".
De acordo com Lula, o quilombo representa uma "marca triste" de um momento histórico nacional. "Isso é um período que a gente não pode esquecer nunca porque é do não esquecimento que a gente vai construindo a história do Brasil do jeito que ela é", afirmou Lula, em vídeo publicado no X, antigo Twitter.
O chefe do Executivo afirmou que o objetivo de sua visita foi para aprender e conversar com a população quilombola para saber sobre melhorias na região. O presidente disse que terá uma conversa com o Ministério Público, com a Marinha e com o Ministério da Igualdade Racial para tratar sobre ajustes necessários que o Executivo federal pode fazer.
"Conversei com as pessoas e pude ver as ruínas de uma senzala. Não devemos esquecer o que já aconteceu no nosso País, principalmente toda exploração e sofrimento causado às pessoas negras e indígenas. É assim que poderemos construir um Brasil melhor e mais digno para o povo", disse.
"Eu vim fazer essa visita aqui porque é muito importante que a sociedade brasileira saiba o que já foi o Brasil, o que é o Brasil e o que pode ser o Brasil", acrescentou. "Temos que aproveitar esse momento histórico que vivemos no Brasil para tentar recuperar não apenas a história verdadeira mas o direito pleno das pessoas."
Lula viajou em 26 de dezembro para a Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde passou as festas de final de ano. A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, acompanha a viagem. A previsão inicial de retorno do presidente a Brasília era para esta quarta-feira. Contudo, o chefe do Executivo optou por adiar sua volta à capital federal para amanhã, quinta-feira, 4.
A Restinga de Marambaia é um pedaço privativo do litoral fluminense nas áreas dos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba. O local é administrado pela Marinha, pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea Brasileira (FAB) e, por se tratar de uma área militar, seu acesso é restrito. Na região, há também uma unidade de treinamento de fuzileiros navais.
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