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Lula enquadra PT para barrar protestos sobre equipe de transição

Desde o início da transição de governo, dirigentes do PT têm se queixado da falta de informações por parte dos nomes que comandam a equipe. Um grupo chegou a reclamar do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), e disse se

Lauriberto Pompeu (via Agência Estado)

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Escrito por Lauriberto Pompeu (via Agência Estado)
Publicado em 12.11.2022, 07:00:00 Editado em 12.11.2022, 07:07:03
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Desde o início da transição de governo, dirigentes do PT têm se queixado da falta de informações por parte dos nomes que comandam a equipe. Um grupo chegou a reclamar do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), e disse se sentir excluído do novo governo. Foi por causa dessas críticas que, em reunião com deputados e senadores, anteontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva dedicou um trecho de seu discurso para pedir a colaboração de todos e enquadrou o PT.

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Nesta semana, petistas protestaram, sob o argumento de que, além de não conseguirem se comunicar com Alckmin, também não obtinham informações sobre o processo de transição nem com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nem com o ex-ministro Aloizio Mercadante. Deputada, Gleisi é coordenadora de Articulação Política da equipe. Mercadante, por sua vez, comanda os grupos técnicos.

"Se alguém quiser contribuir, quiser mandar as propostas, por favor, não se sintam excluídos porque não estão na lista das pessoas que estão participando. O Alckmin é o coordenador, a Gleisi e o Mercadante têm papel importante e cada partido político que participou da coligação tem um papel importante. Nós estamos começando um processo", afirmou Lula aos aliados, nesta quinta-feira, 10. Foi ali, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que o presidente eleito mandou outro recado: nem todos os integrantes do gabinete da transição serão ministros. Nem mesmo Alckmin.

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Recado

O discurso teve endereço certo. Três dias antes, a reclamação de dirigentes do PT havia sido levada na reunião da Executiva Nacional do partido, ocorrida na segunda-feira, 7. No encontro virtual, o primeiro após a vitória nas urnas, o secretário de Comunicação, Jilmar Tatto, e o de Relações Internacionais, Romênio Pereira, se queixaram de que suas demandas não eram ouvidas. Disseram, ainda, que muitas vezes só ficavam sabendo de assuntos relacionados ao governo Lula pela imprensa. Romênio, por exemplo, mostrou indignação com o fato de nem ele nem a Secretaria de Meio Ambiente do PT terem sido acionados para a organização da viagem de Lula à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-27), no Egito, na próxima terça-feira. Procurados, Jilmar e Romênio não quiseram comentar.

O líder da Minoria na Câmara, Alencar Santana (PT-SP), afirmou que divergência no PT é algo natural e amenizou os ciúmes no partido com a ascensão de Alckmin. "Faz parte. Toda essa movimentação é pela vontade de colaborar e mudar as coisas", disse Santana. "Todo mundo quer ajudar, mas precisa ter paciência."

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Ao longo da semana, Gleisi e outros integrantes da cúpula do PT aceleraram a escolha dos coordenadores temáticos da transição, na tentativa de facilitar o diálogo. Há 31 grupos técnicos, mas só seis estão formados. Até agora, aproximadamente a metade dos escolhidos para a equipe é do PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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