O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 11, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sempre será um adversário, mas que é necessário ter boa relação com ele.
Lula deu a declaração em discurso no Rio de Janeiro, onde lança a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A fala foi uma espécie de desagravo ao deputado, que está na solenidade e foi vaiado por apoiadores de Lula. Também está no ato e foi vaiado o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro.
"Arthur Lira é nosso adversário político desde que o PT foi fundado. Ele era nosso adversário e vai continuar sendo adversário", disse Lula. Segundo ele, em época de campanha os atritos são normais, mas quando cada um assume seu cargo é necessário conviver.
"Ele não está aqui como Arthur Lira, ele está aqui como presidente de uma instituição que o Poder Executivo precisa mais dela do que ela do Poder Executivo. Não é o Lira que precisa de mim. Eu é que mando os projetos feitos pelos ministros, pela sociedade. Eu é que preciso dele para colocar em votação", declarou o presidente da República.
Lula e Arthur Lira estão em uma arrastada negociação sobre a entrada do Centrão no governo. Já está certo que serão ministros André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), mas falta decidir em quais pastas eles entrarão.
O presidente da República também fez um desagravo a Cláudio Castro, aliado de Jair Bolsonaro. "O governador do Rio de Janeiro não está aqui porque ele quer estar aqui, ele está aqui porque nós convidamos", disse Lula.
"Eu me sentiria muito deprimido se um dia eu fosse num ato em Goiás, convidado pelo Caiado, e o pessoal me vaiasse. Eu ficaria constrangido. Não é o governador ou o deputado que está aqui, ou o vereador, é a instituição do Estado", declarou o presidente da República.
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