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Lula diz que governo precisa conversar ‘com quem não gosta’ para garantir governabilidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta terça-feira, 11, que é preciso conversar "com quem você gosta e com quem você não gosta" para construir governabilidade no Congresso Nacional. Durante a live "Conversa com o Presidente", o

Rayanderson Guerra (via Agência Estado)

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Escrito por Rayanderson Guerra (via Agência Estado)
Publicado em 11.07.2023, 10:54:00 Editado em 11.07.2023, 10:59:36
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta terça-feira, 11, que é preciso conversar "com quem você gosta e com quem você não gosta" para construir governabilidade no Congresso Nacional. Durante a live "Conversa com o Presidente", o chefe do Executivo disse ainda que não "negocia com o Centrão" e sim com partidos. "Sem maioria, você se mata".

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"A gente não negocia com o Centrão. O Centrão não é um partido político. O Centrão se junta em razão de determinadas coisas. Habitualmente, você negocia com o partido. O PT, o PSB, o PCdoB, o PDT, o PSD, o União Brasil, Republicanos, PP", afirmou.

Após aprovar a reforma tributária com o apoio dos partidos do Centrão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lula diz que é "preciso ter paciência" e que não faz política na base do "é dando que se recebe".

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"É preciso ter paciência, conversar com quem você gosta, com quem você não gosta, ouvir coisas boas, coisas ruins. Não é a política "dando que se recebe" que todo mundo fala. Um partido que ganha as eleições precisa construir uma maioria para governar o Brasil", afirmou o presidente.

O governo Lula, no entanto, tem sido fiel ao toma lá, dá cá e acelerou a liberação de emendas para influenciar votações importantes no Congresso, como a reforma tributária na semana passada, como mostrou o Estadão domingo.

Desde o início do ano, o Planalto já liberou (empenhou) R$ 16,3 bilhões em recursos indicados por parlamentares. Desse total, R$ 4,4 bilhões já foram pagos. Além disso, o governo pagou R$ 6,6 bilhões de recursos empenhados em anos anteriores, totalizando R$ 11 bilhões já pagos.

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Nos primeiros sete meses de governo, no entanto, o governo petista pagou emendas do orçamento secreto deixadas por Bolsonaro e ainda fez liberação recorde de recursos ainda menos transparentes: as emendas Pix. Tudo para atender o Centrão e evitar um caos na articulação política.

De acordo com o presidente, "o ideal seria que o partido elegesse todo mundo", o que "não é possível", segundo ele.

"Seria importante que a gente não precisasse negociar. O governo fez uma medida provisória e está lá, aprovada por unanimidade. Não é assim. O ideal seria que o partido elegesse todo mundo. Não é possível", disse.

Após a aprovação da reforma tributária, o Centrão agora exige mais espaço no governo. Para atender o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), o governo negocia o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje comandado pelo ex-governador Wellington Dias (PT-PI). Além disso, o bloco também mira a pasta dos Esportes.

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