As CPIs da Americanas, do MST e a da Manipulação dos Resultados no Futebol, que funcionam simultaneamente, foram prorrogadas por uma semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e devem encerrar os trabalhos no dia 21. Instaladas em maio, as comissões deveriam ser concluídas nesta quinta, 14, mas foram prorrogadas para compensar "a semana em que foi feito esforço concentrado para a aprovação da reforma tributária em plenário", segundo a assessoria da Câmara. De acordo com o regimento da Casa, cada comissão de inquérito pode funcionar por 120 dias, prorrogáveis por até metade, para conclusão dos trabalhos.
A CPI do MST, composta majoritariamente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da Frente Parlamentar da Agropecuária, ganhou força para ser instaurada após, em abril deste ano, ativistas do MST invadirem o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas, que é comandado por um primo de Lira. A CPI do Futebol foi motivada por investigações do Ministério Público que encontraram apostadores que tinham contato com jogadores de futebol para manipular cenários, como ganhar cartões amarelos, para garantir que os investidores fossem premiados com as apostas. Já a CPI das Americanas foi instaurada para investigar os R$ 20 bilhões de inconsistências no balanço, que a empresa detectou em janeiro deste ano, o que levou a companhia a entrar em recuperação judicial e também afetou os bancos com os quais tinha dívidas.
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