O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta sexta-feira, 18, rigor na legislação contra crimes do mau uso da inteligência artificial. "Precisamos pensar urgentemente em legislações para regular a inteligência artificial", afirmou o deputado.
Em evento com a presença do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, Lira disse que a corte terá nas próximas eleições muito trabalho em razão do uso indevido da inteligência artificial, como a manipulação de imagens e de discursos para interferir decisivamente na escolha de algum candidato.
"Devemos ser cautelosos. A inteligência artificial pode representar um risco para todos nós. Já está sendo usada, evidentemente, para o bem, como na identificação precoce do câncer, mas também para o mal", declarou o parlamentar durante fórum sobre o tema promovido pela Fundação Milton Campos (FMC), entidade de estudos políticos do Progressistas. "Precisamos trabalhar firme para ter legislação dura", sustentou o presidente da Câmara, reconhecendo, por outro lado, a dificuldade da Casa em encontrar consenso em torno da regulação das novas tecnologias.
Citando um estudo do Goldman Sachs que prevê 7% do Produto Interno Bruto (PIB) vindo da inteligência artificial em dez anos, Lira ponderou que o Brasil precisa estar na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, mas tem também que encontrar respostas para os efeitos negativos da inteligência artificial ao emprego. "Precisamos suavizar seus impactos sobre o mercado de trabalho", assinalou.
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