Entidade que reúne jovens lideranças do campo progressista, a "Rede Futuro" terá seu segundo encontro em Bogotá, capital da Colômbia entre os dias 2 e 4 de fevereiro. Sob o tema "Geração de Paz", os políticos da chamada "nova esquerda" debaterão sobre mudanças climáticas, transição energética, narcotráfico e combate ao autoritarismo. Segundo o site da instituição, o objetivo do grupo é "fortalecer e articular agendas comuns e tratar os desafios da época".
A primeira reunião da "Rede Futuro" ocorreu entre os dias 7 e 9 de abril de 2023, em Santiago, capital do Chile, e contou com a participação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e das deputadas federais Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Ana Pimentel (PT-MG), entre outros nomes.
Já na edição deste ano, estão participando o deputado federal Henrique Vieira (PSOL-RJ); a presidente do PSOL, Paula Coradi; a secretaria de relações internacionais do partido, Débora Cavalcante; e o ex-chefe nacional da sigla Juliano Medeiros.
"Nosso objetivo é fortalecer uma agenda de renovação programática da esquerda na América do Sul. O mundo mudou nos últimos anos e não podemos seguir dando as mesmas respostas. Precisamos encontrar saídas para pensar um futuro de justiça e igualdade", explica Juliano Medeiros.
Esta organização de políticos busca ser uma alternativa mais atual e jovial do Foro de São Paulo, rede criada em julho de 1990 que reúne partidos do campo progressista.
"O Foro é uma iniciativa que teve seu momento, que reúne partidos e movimentos de esquerda que foram importantes para consolidar a democracia e combater desigualdades, mas a Rede Futuro não é pensada a partir de outras iniciativas. Temos nossa própria agenda e objetivos", diz Medeiros.
Foro de São Paulo
O Foro de São Paulo surgiu a partir de uma convocatória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente de Cuba Fidel Castro (Partido Comunista de Cuba) para o "Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina" ocorrida no Estado de São Paulo. Nesse encontro foi formulada a Declaração de São Paulo, que registra alguns dos princípios e objetivos da organização ali criada e faz nova convocação para o ano seguinte, no México.
O Foro de São Paulo não é uma entidade política, como um partido. Mas reúne diversas legendas do Brasil e de outros países latino-americanos. Dessa forma, mesmo que indiretamente, o Foro tem alguma influência política.
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