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Líder comunitário que criticou vice de Nunes em evento é aliado de Milton Leite

O líder comunitário da Zona Norte de São Paulo Guilherme Corrêa, que criticou a escolha do coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), demonstra proximidade com o presidente da Câmara Municipal, Milt

Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)

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Escrito por Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)
Publicado em 26.06.2024, 16:11:00 Editado em 26.06.2024, 16:14:25
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O líder comunitário da Zona Norte de São Paulo Guilherme Corrêa, que criticou a escolha do coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), demonstra proximidade com o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), nas redes sociais. Aliados do prefeito não queriam Mello Araújo, mas acabaram aceitando a indicação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo.

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"Zona Norte sempre junto com a família Leite", diz Corrêa, na primeira publicação fixada em seu Instagram, em um vídeo publicado em fevereiro ao lado do presidente do Legislativo paulistano, a quem chama de "parceiro". "Zona Norte, tem nome, é Guilherme. Vamos chegar juntos. Quebrada, estamos com você e não abrimos. Vamos chegar junto com o Guilherme que agora é a vez dele representar vocês aí na Norte", diz Milton Leite no mesmo vídeo.

Procurada pelo Estadão, a assessoria do presidente da Câmara Municipal disse que Guilherme é responsável pelas próprias falas e que Milton não pediu para ele criticar a escolha do nome de Mello Araújo. A reportagem tentou contato com o líder comunitário, integrante do movimento Salve Periférico, para saber se ele é pré-candidato a vereador, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

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Milton Leite demonstrava interesse em ser o vice do emedebista, mas quando a coligação de 12 partidos decidiu que a indicação seria feita pelo PL passou a defender que o escolhido fosse um evangélico e citou como opções os vereadores Gilberto Nascimento Jr. (PL) e Rute Costa (PL), em vez do coronel indicado por Bolsonaro

Após a escolha pelo ex-policial militar ser anunciada, o chefe do Legislativo paulistano colocou em dúvida a capacidade de Mello Araújo de agregar votos à chapa e indicou que o passado como comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) poderia dificultar a realização de campanha em algumas regiões da cidade.

"Espero que ele Mello Araújo consiga demonstrar, daqui até a eleição, que tenha a contribuir com votos. Ele não foi testado nas urnas", disse Milton Leite na última sexta-feira, 21.

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Por outro lado, o presidente da Câmara confirmou que o União Brasil apoiará Nunes. O acordo passa pelo apoio do PL e do MDB para a sigla continuar no comando do Legislativo paulistano em 2025.

Leite declarou ainda que se o deputado federal Kim Kataguiri (União) quiser insistir na pré-candidatura, precisa levar o tema para votação na convenção partidária. As chances do parlamentar são remotas, pois o diretório municipal é controlado por Leite. Kataguiri, contudo, afirmou à Coluna do Estadão que só desistirá quando a possibilidade "se tornar zero"

No último sábado, 22, Ricardo Nunes, Milton Leite e Guilherme Corrêa participaram da inauguração de um campo de futebol na Vila dos Andrades, na zona Norte, na primeira agenda pública do prefeito após a confirmação do vice. "Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bíblia, pessoas com o olhar social. Favela é tudo menos arma. Favela não tem vagabundo", discursou Corrêa ao lado de Nunes, repreendendo a escolha por Mello Araújo.

Como mostrou o Estadão nas últimas semanas, partidos aliados do emedebista, principalmente União Brasil, Solidariedade e uma ala do PP não queriam o coronel na chapa, mas ao final aceitaram a indicação feita por Bolsonaro após uma articulação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mesmo assim, aliados ainda expressam insatisfação nos bastidores e a preocupação de que o coronel, pelo perfil radical, pode dificultar a conquista de eleitores moderados que seriam fundamentais no segundo turno.

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