MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Justiça mantém prisão de brasileiro suspeito de envolvimento com o Hezbollah

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus que pedia o fim da prisão preventiva de um homem investigado por suspeita de participar do Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano. A ação pedia a liberação de Lucas Passos Lima, 35, que foi

Karina Ferreira, especial para o Estadão (via Agência Estado)

·
Escrito por Karina Ferreira, especial para o Estadão (via Agência Estado)
Publicado em 01.02.2024, 17:16:00 Editado em 01.02.2024, 17:23:03
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus que pedia o fim da prisão preventiva de um homem investigado por suspeita de participar do Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano. A ação pedia a liberação de Lucas Passos Lima, 35, que foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em novembro, quando voltava do Líbano.

continua após publicidade

Na ocasião, Lucas foi preso temporariamente, mas a medida foi convertida no mês seguinte em prisão preventiva, que não tem prazo para terminar. O suspeito disse que viajou ao Líbano porque recebeu uma proposta de "crescimento de negócio". Ele contou que estudou até o oitavo ano e trabalha com regularização de imóveis, corretagem e venda de grãos. Procurada peloEstadão, a defesa do suspeito não foi encontrada para comentar o caso.

A investigação foi aberta em outubro, depois que a Polícia Federal recebeu um memorando da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório do Adido Legal do FBI, alertando para as suspeitas de ligação entre brasileiros e terroristas.

continua após publicidade

Em sua decisão, o ministro Og Fernandes, no exercício da presidência da Corte, negou o pedido porque a instância antecedente ainda não deliberou sobre tema, apenas indeferiu o habeas corpus em decisão liminar.

A alegação da defesa de Lucas foi a de excesso de prazo na prisão preventiva. O caso tramita na Justiça Federal de Belo Horizonte (MG). Ao negar o habeas corpus, a desembargadora responsável determinou que as diligências fossem concluídas no prazo de 15 dias.

No novo pedido de soltura, dessa vez ao STJ, a defesa alegou que a prisão é ilegal, porque ultrapassou 90 dias sem o oferecimento da denúncia, mas o ministro destacou que a prisão preventiva foi considerada legal, com base em indícios da Lei Antiterrorismo e na complexidade da investigação.

continua após publicidade

Conforme mensagens e arquivos obtidos a partir da quebra de sigilo dos telefones e e-mails dos investigados na Operação Trapiche, há indícios de que brasileiros estavam sendo recrutados pelo Hezbollah, para ações terroristas no Brasil. Segundo os investigadores, o grupo sob suspeita planejava ataques contra prédios da comunidade judaica no Brasil. O grupo estaria "monitorando" alguns alvos, como sinagogas, fazendo fotos de tais locais.

Outros dois presos na mesma operação, o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, detido no centro de São Paulo e o músico Michael Messias, detido no Rio de Janeiro, foram colocados em liberdade em dezembro. Todos, incluindo Lucas, negaram envolvimento no planejamento de atos terroristas.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Justiça mantém prisão de brasileiro suspeito de envolvimento com o Hezbollah"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!