O juiz federal substituto Roney Raimundo Leão Otilio, da 2ª Vara da Justiça Federal de Alagoas, determinou a remessa dos autos da investigação Hefesto, que mira aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), para o Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz justifica o envio declarando que a a investigação da Polícia Federal encontrou "indícios da participação nos delitos ora investigados de um congressista" - no caso, o próprio Lira.
Cabe ao STF, então, julgar infrações de membros do Congresso, por possuírem foro privilegiado. "Ademais, o próprio Procurador-Geral da República (Augusto Aras), conforme noticiado pelo MPF, avocou a atribuição para atuar no caso", alega, ainda, o juiz.
A operação Hefesto visa aprofundar a investigação sobre um esquema de fraudes em licitações de 43 cidades de Alagoas que teria de. Lira, a princípio, não era alvo da ação, mas ela envolve aliados próximos do presidente da Câmara. A PF afirma que houve direcionamento e superfaturamento de contratos para a compra de equipamentos de robótica para escolas públicas, custeados com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), repassado pelo governo federal. As fraudes teriam ocorrido entre 2019 e 2022.
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