MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Juiz conclui que Bolsonaro foi 'descortês', mas rejeita queixa-crime de Dilma

A ex-presidente e atual diretora do Banco dos Brics, Dilma Roussef (PT), perdeu uma queixa-crime contra Jair Bolsonaro (PL) na Justiça do Distrito Federal. O processo foi arquivado porque o juiz do caso, Francisco Antonio Alves de Oliveira, do 2º Juizado

Isabella Alonso Panho, especial para O Estadão (via Agência Estado)

·
Escrito por Isabella Alonso Panho, especial para O Estadão (via Agência Estado)
Publicado em 25.04.2023, 21:36:00 Editado em 25.04.2023, 21:44:46
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A ex-presidente e atual diretora do Banco dos Brics, Dilma Roussef (PT), perdeu uma queixa-crime contra Jair Bolsonaro (PL) na Justiça do Distrito Federal. O processo foi arquivado porque o juiz do caso, Francisco Antonio Alves de Oliveira, do 2º Juizado Especial Criminal de Brasília, entendeu que não houve crime.

continua após publicidade

Dilma acusa Bolsonaro de tê-la injuriado através de uma publicação que ele fez no Twitter no dia 8 de agosto de 2019. Na ocasião, o então presidente relembrou seu discurso na Câmara dos Deputados em novembro de 2014 sobre a Comissão da Verdade - órgão que investiga violações a direitos humanos durante a Ditadura Militar.

"Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia, escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff", disse Bolsonaro, à época ainda deputado federal.

continua após publicidade

O vídeo continua disponível nas redes sociais do ex-presidente. O crime de injúria tem pena de um a seis meses de detenção.

Bolsonaro não chegou a se defender no processo e não constituiu advogado.

Inicialmente, Dilma apresentou a queixa-crime ao Supremo. O caso ficou parado até o fim do mandato presidencial.

continua após publicidade

O processo desceu para a primeira instância em 15 de março, onde teve seu desfecho em pouco mais de um mês.

"Tenho para mim que a fala do querelado (Bolsonaro), em 2014, pois em agosto de 2019 não as reiterou, foi, de certa forma, descortês. No entanto, sem embargo, estava acobertada pelo princípio constitucional da liberdade de expressão, em tom de crítica e discordância e, não, ofensa, como leva a crer a querelante (Dilma)", argumentou o magistrado.

Francisco de Oliveira também entendeu que, no caso, Bolsonaro não agiu com dolo. "Sem o propósito deliberado de ofender, que traduz elemento subjetivo do tipo penal, não se afigura o crime de injúria."

A sentença foi publicada no Diário de Justiça no último dia 18, e ainda é passível de apelação para o Tribunal de Justiça. Até o momento, Dilma não apresentou recurso da decisão.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Juiz conclui que Bolsonaro foi 'descortês', mas rejeita queixa-crime de Dilma"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!