O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira, 5, que a proposta de reforma administrativa não é pauta prioritária do governo e nem do País. Ele afirmou que o objetivo central neste momento é aprovar no Congresso as medidas enviadas pelo Executivo para aumentar receitas e cumprir a meta de déficit zero no ano que vem. "Isso (reforma administrativa) não é pauta do governo. O que estava proposto lá atrás é do governo anterior. Nem (Jair) Bolsonaro quis mandar essa reforma para cá no governo dele (...) Acabamos de votar regime fiscal, para que serve a reforma administrativa?", disse Guimarães aos jornalistas. Questionado sobre o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao avanço da reforma, Guimarães respondeu que "ele tem direito de defender e eu tenho direito de ser contra". O líder reforçou que o controle de despesas está no radar do governo e lembrou que nem mesmo o reajuste para servidores está garantido para o ano que vem. Como mostrou mais cedo o
, apesar de Lira tentar forçar a retomada da tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou apoio a dois outros projetos: a lei que veta os supersalários e a que padroniza a realização de concursos públicos. Para ele, votar esse tipo de proposta já é parte de uma reforma do Estado, que sinalizam esforço por modernização. "Eu estou dando um exemplo de algo que eu apoiaria discutir vivamente, que é o PL dos supersalários. O (projeto) dos concursos também pode ser aperfeiçoado", disse, apostando na rápida aprovação dos temas.
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