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Jair Renan, filho '04' de Bolsonaro, é alvo de busca em investigação sobre estelionato

Jair Renan Bolsonaro, o filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo nesta quinta-feira, 24, de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal. A ação faz parte da Operação Nexum, que investiga um grupo suspeito de falsidad

Natália Santos (via Agência Estado)

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Escrito por Natália Santos (via Agência Estado)
Publicado em 25.08.2023, 06:46:00 Editado em 25.08.2023, 06:49:34
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Jair Renan Bolsonaro, o filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo nesta quinta-feira, 24, de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal. A ação faz parte da Operação Nexum, que investiga um grupo suspeito de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. A defesa do filho do ex-presidente afirmou que foram apreendidos um celular, um HD e papéis com anotações particulares. Jair Renan não foi levado para depor, segundo o advogado Admar Gonzaga. Os investigadores cumpriram mandados em dois endereços de Jair Renan: um apartamento em Balneário Camboriú (SC) e outro em Brasília. No total, a operação da Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e duas ordens de prisão para "reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal".

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Instrutor

A ação policial teve como principal suspeito Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan. Ele é suspeito de ser o mentor do esquema e foi preso preventivamente em Brasília. Segundo a Polícia Civil do DF, Carvalho já possui registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Em 2023, ele foi alvo de duas operações: a "Succedere", que investiga crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais, e a "Falso Coach", que apura uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um "laranja". Nesta segunda operação, o instrutor foi preso em flagrante por posse irregular de arma. Segundo a investigação da Operação Nexum, o grupo suspeito agia por meio da inserção de funcionários "laranjas" para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas. Os policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária apuram também se os investigados forjaram relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes para inserir declarações falsas. A defesa de Jair Renan disse que não teve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão. Segundo Admar Gonzaga, o filho do ex-presidente afirmou estar "surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido". A defesa de Maciel Carvalho não havia sido localizada pela reportagem até a publicação deste texto.

Auxiliar parlamentar

Desde março de 2023, Jair Renan passou a desempenhar a função de auxiliar parlamentar pleno no escritório de apoio do senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. Seif é um dos principais aliados do ex-presidente no Senado. Ele chefiou o Ministério da Pesca durante a gestão de Jair Bolsonaro e se apresenta como o seu "06". O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a operação da Polícia Civil do Distrito Federal que atingiu seu irmão. Para o parlamentar, a ação causa "estranheza". Segundo ele, Renan "é uma pessoa que não tem onde cair morta".

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'Perseguição'

"Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz sentido. Espero que esse critério seja usado para todos. Ao que parece, é mais uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno", disse Flávio a jornalistas antes da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

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