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Irmão de Michelle entrega cargo, mas fica com Tarcísio

Há cerca de duas semanas, o assessor especial de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Diego Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, entregou o cargo ao governador de São Paulo. O motivo do pedido de demissão era a recusa de integrantes do Pal

Gustavo Côrtes (via Agência Estado)

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Escrito por Gustavo Côrtes (via Agência Estado)
Publicado em 10.09.2023, 09:40:00 Editado em 10.09.2023, 09:46:52
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Há cerca de duas semanas, o assessor especial de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Diego Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, entregou o cargo ao governador de São Paulo. O motivo do pedido de demissão era a recusa de integrantes do Palácio dos Bandeirantes em acatar indicações políticas de deputados estaduais. Ele foi convencido a se manter no cargo pela promessa de que, dali em diante, a situação mudaria e os parlamentares passariam a ser contemplados.

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Torres se tornou uma espécie de garoto de recados de Tarcísio na Assembleia Legislativa (Alesp) e angariou o respeito da base. Tem sido ele o responsável por levar à mesa do governador os pleitos de deputados, principalmente aqueles que dizem respeito à nomeação de aliados para cargos no Executivo.

No entanto, tais pedidos não são acatados pelos secretários. O assessor passou a dizer a interlocutores que seu trabalho não surte efeito e que, por isso, poderia deixar seu posto por cansaço. Nessas conversas, ele costuma fazer comparações entre a gestão de Tarcísio e a de seu cunhado, Jair Bolsonaro (PL), no governo federal.

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Diz ver em São Paulo os mesmos erros cometidos nos primeiros anos de Bolsonaro, em que partidos do centrão não estavam representados nos ministérios, o que, na avaliação dele, dificultava a aprovação de projetos e inviabilizava o governo.

Em 2021, Torres foi assessor parlamentar na Primeira Secretaria do Senado, comandada à época por Irajá Abreu (PSD-TO), filho da ex-senadora Kátia Abreu. Ele é militar da Força Aérea Brasileira (FAB) e foi assessor técnico do Ministério da Defesa por seis anos.

Nas últimas semanas, parte dos auxiliares do entorno de Tarcísio passaram a atribuir à falta de participação dos partidos no governo às recentes derrotas na Alesp.

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No último dia 28, o governo não obteve quórum para aprovar o projeto que eleva de 1% para 1,5% as taxas processual do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em que pese o texto tenha sido apresentado pela própria Corte, o Bandeirantes o patrocinou e encampou a aprovação, que só ocorreu dias depois.

Tarcísio quer aprovar ainda neste ano projetos sensíveis, como o que reduz em 5% o orçamento obrigatório da Educação e permite a alocação desses recursos na Saúde. Outra pauta prioritária é a reforma administrativa que, se aprovada, excluirá até 10 mil cargos comissionados e criará normas para a remuneração de servidores.

Alguns deputados da base afirmam que esses projetos se encontram em compasso de espera porque ainda não há votos o bastante para que sejam aprovados.

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Eles elogiam a atuação de Torres. Segundo auxiliares de Tarcísio o também mantém relação cordial com o secretário da Casa Civil, Arthur Lima. Atualmente, eles despacham juntos com regularidade e conversam sobre a relação com a Alesp.

O secretário de Governo, Gilberto Kassab, também costuma se reunir com o assessor para trocar informações sobre a relação com o Legislativo paulista.

Procurado, Torres não quis se manifestar. O governo negou que o pedido de demissão tenha ocorrido ou que haja desconforto de Diego quanto aos cargos.

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