O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 3, que nunca ouviu de dentro do governo, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, qualquer manifestação sobre a indicação do ex-ministro Guido Mantega à presidência da Vale.
"Nunca ouvi de nenhum membro do governo, muito menos do presidente Lula", respondeu Haddad ao ser questionado, em entrevista à GloboNews, sobre a possibilidade de Mantega assumir o comando da mineradora. "E não procurei saber", acrescentou.
Ao tratar da reforma ministerial em estudo pelo presidente Lula para acomodar no governo siglas do Centrão, Haddad disse que a entrada de partidos vai ajudar na aprovação da agenda econômica. Ao se dizer a favor de "alargar a base do governo", Haddad declarou que nunca comprou a tese de que o número de ministérios eleva na prática as despesas públicas.
Sobre a possibilidade de entrega do comando da Caixa para o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, o ministro disse não conhecer a decisão de Lula. "Ele está ouvindo muitas pessoas", assinalou, aproveitando a resposta para expressar a boa relação que tem com a presidente atual do banco, Rita Serrano. "Posso dar minha opinião (a Lula) quando minha opinião é pedida", disse, ao negar que tenha sido consultado sobre a substituição.
Durante o programa, o ministro também voltou a defender a polêmica indicação de Marcio Pochmann, chamado por ele de "companheiro", à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). "Não entendi esse frenesi sobre Pochmann no IBGE", afirmou Haddad, acrescentando que também não foi consultado na escolha de Pochmann para o instituto subordinado ao ministério do Planejamento, de Simone Tebet.
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