Após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrentar críticas de bolsonaristas pela postura nas negociações da reforma tributária, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 6, que o debate sobre a proposta não é um "fla-flu", e defendeu uma "despartidarização e despolarização" do assunto, classificado como "de Estado, e não de partidos".
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer que teria ficado chateado pelo apoio público do aliado ao texto da reforma, feito após Tarcísio encontrar Haddad ontem pela manhã no Ministério da Fazenda. "Quando o governador vem aqui e defende a reforma, não está defendendo um partido, um governo, mas o que o País está pedindo", disse Haddad a jornalistas após voltar de reuniões na residência Oficial da Câmara e no Planalto para tratar de forma tributária.
Questionado se referia-se ao governador do Estado de São Paulo, com quem disputou as eleições no ano passado, o ministro da Fazenda disse que recebeu Tarcísio para tratar de questões de Estado, da mesma forma que mantém reuniões com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"Não estamos discutindo política miúda. Até porque os impactos dessa reforma serão por décadas. Política de Estado tem que estar em outra prateleira. Tem que inspirar a classe política a buscar entendimento", respondeu Haddad, para quem é preciso "sobriedade" para separar governo e política de Estado.
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