Paulo Guedes, ministro da economia, defende um teto salarial maior para presidente, ministros e magistrados. As carreiras do primeiro escalão do serviço público ficaram de fora da reforma administrativa.
"Não aumentamos ainda o que acho que tem que ser aumentado, que é o teto da carreira. Nós devíamos ser mais meritocráticos nisso. A presidência da República, o Supremo, é iminente que eles têm que receber muito mais do que recebem hoje. Pela responsabilidade do cargo, pelo peso das atribuições, pelo mérito em si para poder chegar numa posição dessa", relatou Guedes durante um debate virtual que ocorreu nesta quarta-feira (9).
O ministro da economia salienta que não está preocupado com o teto salarial, mas sim com a preservação na qualidade do serviço público.
"Olho pro Bruno Dantas (ministro do TCU) em serviço público e ele poderia ganhar US$ 2 milhões, 3 milhões, 4 milhões por ano fácil. No futuro vai ser difícil convencer ele de ficar no serviço público porque ele vai receber várias propostas", disse.
"Então, seguindo o caminho da prosperidade vai ser difícil reter gente de qualidade a não ser que o setor público também entre na lógica da meritocracia", completou.
O ministro acredita que a diferenciação de salários na administração pública é a dimensão mais fundamental da reestruturação do funcionalismo. "Tem que haver uma enorme diferenciação de salários na administração pública sim. Tem que haver valorização da meritocracia: esses direitos a estabilidade de emprego e progressão salarial tem que vir em cima da meritocracia. O jovem que entra no serviço público tem que ser avaliado", defendeu.
Com informações; CNN.
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