O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não tem experiência suficiente para ser a sucessora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2026. Para ele, existem outros "bons nomes" que podem representar a direita no pleito, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Durante participação no programaRoda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 29, o aliado do ex-presidente disse que apesar de Michelle ter o apoio de "muitas mulheres que querem o empoderamento", ela não tem "uma carreira" construída nem "experiência com gestão". Por isso, na visão do governador, existe a chance de uma eventual candidatura da ex-primeira-dama "dar certo", "mas é muito pequena".
Questionado sobre Tarcísio, que se elegeu governador sem um histórico político, Mendes disse que não é sobre "ser político", mas "ter experiência com gestão". O governador de São Paulo chefiou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e foi secretário de coordenação de projetos do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) antes de se tornar o ministro da Infraestrutura no governo de Bolsonaro.
Mendes também citou os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), como possíveis sucessores do ex-presidente. Michelle, porém, apresenta o melhor desempenho em levantamento realizado, em março, pelo instituto Paraná Pesquisas sobre o pleito de 2026. Em uma eventual disputa contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela aparece com 30,9% das intenções de voto, enquanto o petista lidera com 36%.
Como mostrou oEstadão, a presidente nacional do PL Mulher já tem sido preparada para herdar o capital político do marido, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Michelle viajou a 20 capitais brasileiras e deve visitar mais sete neste mês de maio. Além disso, a ex-primeira-dama tem apoiado candidatos a prefeito que disputarão as eleições municipais de 2024, gravando vídeos que serão liberados durante a campanha eleitoral.
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