O Google anunciou nesta segunda, 5, uma série de esforços para contribuir com a disseminação de notícias durante as eleições deste ano. Além de uma série de parcerias, a empresa afirmou que deve ser mantida a restrição de anúncios com conteúdo político-eleitoral no País. A empresa entendeu que não conseguiria "cumprir a contento" as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e por isso a restrição deve continuar.
Desde maio, a empresa passou a restringir o anúncio de teor político-eleitoral. De acordo com resolução do TSE, entre outras coisas, as plataformas deveriam manter um repositório que permitisse o acompanhamento em tempo real de informações sobre anúncios, como conteúdo, valor pago, anunciante e público-alvo, nos quase 5 mil municípios do País.
Se for mantido esse "framework jurídico", inclusive, não estão previstas mudanças para as eleições de 2026. Uma alteração não é descartada, mas isso depende do "cenário regulatório" da empresa, disse Natália Kuchar, advogada corporativa da empresa.
Projetos e Parcerias
Na área de parcerias, a companhia anunciou apoio a projetos de checagem
de fatos. A Lupa, por exemplo, vai ampliar uma ferramenta de monitoramento de redes chamada "LupaScan", que, segundo a empresa, "ajuda jornalistas e pesquisadores a monitorar e analisar publicações de políticos nas redes sociais". E o Aos Fatos investiu recursos na "Busca Fatos", uma ferramenta que "assiste" a vídeos com discursos de autoridades políticas, identificando alegações passíveis de verificação.
Outra medida anunciada foi a doação R$ 4 milhões para a Educamídia, programa de educação midiática do Instituto Palavra Aberta, que passará a abordar IA em currículo para educadores.
"O Educamídia terá seu currículo atualizado para incluir inteligência artificial (IA) e vai treinar 50 mil professores e 1 milhão de estudantes de todo o Brasil ao longo dos próximos dois anos", disse em nota.
Também foi apresentado como a Busca e o YouTube vão conectar os brasileiros "a
informações de qualidade". No caso da Busca, os usuários vão ser direcionados a informações oficiais do TSE ao buscar por " título de eleitor", "como votar" e "onde votar", exemplificou.
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