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Gaviões e Mancha desautorizam manifestações contra Bolsonaro em nome das torcidas na paulista

As torcidas organizadas Gaviões da Fiel (Corinthians) e Mancha Alvi Verde (Palmeiras) negaram nesta quarta-feira, 14, que tenham convocado filiados e torcedores para uma manifestação política no mesmo dia, horário e local em que o ex-presidente Jair Bolso

Rayanderson Guerra (via Agência Estado)

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Escrito por Rayanderson Guerra (via Agência Estado)
Publicado em 14.02.2024, 18:13:00 Editado em 14.02.2024, 18:20:22
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As torcidas organizadas Gaviões da Fiel (Corinthians) e Mancha Alvi Verde (Palmeiras) negaram nesta quarta-feira, 14, que tenham convocado filiados e torcedores para uma manifestação política no mesmo dia, horário e local em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende reunir apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, no fim deste mês.

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Gaviões e Mancha desautorizaram o uso dos nomes das torcidas em postagens e mensagens apócrifas que começaram a circular nas redes sociais nesta quarta. As mensagens afirmavam que diferentes torcidas organizadas de São Paulo estariam organizando o ato em defesa da democracia na mesma data anunciada pelos bolsonaristas.

Em nota divulgada nesta tarde, a Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, diz que a torcida "tem como única finalidade apoiar a Sociedade Esportiva Palmeiras e preza pelas liberdades de escolha e de posicionamento de seus associados e simpatizantes".

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"A torcida Mancha Alvi Verde esclarece que não fez qualquer convocação para que seus associados compareçam a manifestações de cunho político e desaprova a utilização indevida de seu nome em publicações apócrifas nas redes sociais", diz em nota.

A Gaviões da Fiel negou aoEstadãoque esteja planejando ou incentivando o ato político na Avenida Paulista no próximo dia 25. Um dos integrantes da torcida, Danilo Pássaro, do movimento Somos Democracia, negou que as torcidas estejam organizando um ato comum para o mesmo dia da manifestação bolsonarista.

"Essa informação não procede. Não existe essa articulação. O que nos uniu em 2020 não foi apenas enfrentar bolsonaristas, foi defender a democracia. A gente avalia que, por ora, não se faz mais necessário. Ao contrário de 2020, a gente tem um governo que defende a democracia", afirmou em vídeo enviadoEstadão. Em maio de 2020, grupos ligados a torcidas de futebol realizaram um ato pró-democracia e antifascista na Paulista.

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O suposto ato das torcidas neste mês também foi negado por aliados de Bolsonaro à frente da organização do encontro marcado para o dia 25. O advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, chamou as postagens que começaram a circular nesta quarta-feira de "boataria". "Espero que as autoridades competentes desmintam referido absurdo. Torcidas organizadas já negaram envolvimento e participação", escreveu.

A Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP) diz que já foi notificada da manifestação marcada para o próximo dia 25 e que faz um planejamento para garantir a "segurança e a ordem". O órgão não informa a ocorrência de dois atos distintos no mesmo local.

"A Polícia Militar esclarece que foi informada pela prefeitura sobre as manifestações marcadas para o próximo dia 25, na capital. Toda manifestação é acompanhada pela PM, que faz um planejamento para garantir a segurança e a ordem. O planejamento de atuação da polícia para as manifestações do dia 25 será realizado na próxima semana", diz a secretaria.

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Em um vídeo distribuído nas redes sociais pelos perfis de aliados próximos, Bolsonaro convocou o ato para o próximo dia 25 com o argumento de que quer usar a ocasião para se defender, em meio às investigações da Polícia Federal.

Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis na última semana e precisou entregar seu passaporte às autoridades. A PF apura a participação do ex-presidente em uma articulação para dar um golpe de Estado, impedindo as eleições de 2022 ou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A revelação de uma reunião em que o ex-presidente fala em "reagir" antes das eleições e as conversas de aliados sobre uma possibilidade de ruptura aproximaram as investigações do ex-chefe do Executivo. Ele teve o passaporte apreendido e está impedido de deixar o País.

A PF também apura outros casos envolvendo o ex-presidente e seu entorno, como a suposta venda de joias que pertenceriam a União, revelada pelo Estadão, a criação de uma "Abin paralela" no governo, a falsificação de dados de cartões de vacinação e a operação de milícias digitais.

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