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Flávio Bolsonaro diz que devolverá dinheiro público usado para comprar passagens

Após falar em "equívoco", o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prometeu devolver, na próxima terça-feira, 3, os R$ 1.617,66 da cota para o exercício de atividade parlamentar que utilizou para viajar até Fernando de Noronha a passeio. A informação

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.11.2020, 20:04:00 Editado em 04.11.2020, 09:38:17
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Após falar em "equívoco", o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prometeu devolver, na próxima terça-feira, 3, os R$ 1.617,66 da cota para o exercício de atividade parlamentar que utilizou para viajar até Fernando de Noronha a passeio. A informação foi confirmada pelo Senado Federal.

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O site do Senado já não registra mais o ressarcimento feito ao senador diante do aviso de que ele devolverá, no próximo dia útil, o dinheiro público que utilizou para comprar as passagens aéreas para o badalado arquipélago, onde passará seis dias.

"Solicito com urgência a retirada das passagens aéreas abaixo relacionadas do Portal da Transparência do Senado Federal. Brasília/Recife (LATAM) - 28/10/2020: R$259,47. Recife/Fernando de Noronha/Brasília (Azul) - 29/10/2020: R$ 1.361,19. As passagens acima discriminadas foram enviadas em decorrência de um equívoco administrativo. Declaro que reembolsarei os devidos valores ao Senado Federal via GRU no próximo dia útil, dia 03/11/2020 (terça-feira)", diz um documento de meia página enviado por Flávio Bolsonaro ao Senado no sábado, 31.

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O aviso de devolução do dinheiro só foi feito pelo senador após a notícia, publicada inicialmente pelo site Metrópoles, de que teve seu voo bancado pelos cofres públicos. Até a noite do sábado, constava no site do Senado que o parlamentar havia recebido o dinheiro.

O uso de dinheiro da chamada cota parlamentar para comprar passagens aéreas só é permitido quando o deslocamento é a trabalho, o que não era o caso.

A assessoria de imprensa do senador disse que não há compromissos previstos nos seis dias em que passará em Noronha, a 543 quilômetros do Recife. Ainda segundo a assessoria, Flávio também fez pedido para recebimento de diárias durante o período, mas os valores não foram revelados.

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"O gabinete do senador Flávio Bolsonaro informa que houve um equívoco da equipe que emitiu as passagens para Fernando de Noronha. As passagens foram pagas pelo próprio senador, mas a equipe, por engano, pediu reembolso. Ele já fez a solicitação para cancelar o reembolso e para também cancelar os pedidos de diárias", afirma a nota divulgada no sábado.

O primeiro voo de Flávio Bolsonaro foi de Brasília ao Recife na noite da quarta-feira, 28 de outubro. Essa passagem foi comprada com bastante antecedência, em 29 de setembro. Então, em nova compra, feita no dia 13 de outubro, o senador rumou do Recife a Noronha em voo marcado para as 8h45. O regresso de Noronha para Brasília está programado para acontecer em um voo direto às 11h50 da terça-feira, 3 de novembro.

Esse tipo de verificação de gasto público de senadores até o ano passado não podia ser feito, pois o Senado não disponibilizava as informações de reembolsos realizados e as notas fiscais apresentadas pelos parlamentares.

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O jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagens no ano passado mostrando manobras da presidência do Senado, que vinha desde a gestão de Renan Calheiros (MDB-AL) até a de Davi Alcolumbre (DEM-AP), para manter sob sigilo os gastos, com argumentos como o de que a exposição dos dados poderia ameaçar a segurança dos representantes eleitos pelo povo.

O próprio Flávio Bolsonaro usou um parecer de 2016, produzido na gestão Renan Calheiros, para negar acesso a dados que o jornal O Estado de S. Paulo solicitou via Lei de Acesso à Informação.

A ONG Transparência Internacional-Brasil se manifestou no Twitter sobre a notícia de que Flávio Bolsonaro usou dinheiro público para bancar viagem a Noronha. Segundo a ONG, o caso exemplifica a importância da transparência sobre gastos públicos.

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