O senador Flávio Bolsonaro criticou a operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nesta quinta-feira, 24, que teve como um dos alvos o irmão Jair Renan, o filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o parlamentar, a ação causa "estranheza". Segundo ele, Renan "é uma pessoa que não tem onde cair morta".
"Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz sentido. Eu espero que esse critério seja usado para todos. Ao que parece é mais uma vez uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno", disse Flávio à jornalistas antes da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
Na manhã desta quinta-feira, investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços de Jair Renan: um apartamento em Santa Catarina e outro na área nobre de Brasília. No total, a ação realizou cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão e, segundo a PCDF, tinha como objetivo "reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal".
Batizada de Nexum, a operação apura um grupo suspeito de agir por meio da inserção de funcionários "laranjas" para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas. O principal alvo é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan, suspeito de ser o mentor do esquema. De acordo com a PCDF, Carvalho e seus aliados criaram identidade falsa que foi usada para abertura de conta bancária e como proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.
Em nota, o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que a ação apreendeu um celular, um HD e papéis com anotações particulares e que não houve recondução do "04" para depoimento. A defesa ainda disse que não teve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão. Segundo Gonzaga, Renan afirmou estar "surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido".
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