MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Fachin pede 33 anos de prisão para Collor em regime fechado

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira, 17, para condenar o ex-presidente Fernando Collor a 33 anos, dez meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado em uma ação aberta a partir de investigações da Ope

Rayssa Motta (via Agência Estado)

·
Escrito por Rayssa Motta (via Agência Estado)
Publicado em 17.05.2023, 18:44:00 Editado em 17.05.2023, 18:49:43
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira, 17, para condenar o ex-presidente Fernando Collor a 33 anos, dez meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado em uma ação aberta a partir de investigações da Operação Lava Jato.

continua após publicidade

Collor foi acusado de receber propinas da UTC Engenharia em contratos da BR Distribuidora. Ele nega as acusações.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que, entre 2010 e 2014, quando era senador, Collor usou a influência política para nomear aliados a diretorias estratégicas da BR. O objetivo seria viabilizar o esquema de direcionamento de contratos em troca de 'comissões' supostamente pagas pela UTC.

continua após publicidade

Os contratos direcionados envolveriam obras nos terminais de distribuição de Duque de Caxias (RJ), Manaus (AM), Caracaraí (RR), Oriximiná (PA), Cruzeiro do Sul (AC) e Porto Nacional (TO).

Como relator do processo, Fachin abriu os votos. A posição do ministro foi dura. Ele defendeu que ex-presidente tem uma longa carreira política, o que na avaliação de Fachin torna as acusações mais graves.

"A transgressão da lei por parte de quem usualmente é depositário da confiança popular para o exercício do poder enseja juízo de reprovação muito mais intenso", afirmou.

continua após publicidade

Fachin considerou que há provas de que Collor exercia 'controle' sobre a BR Distribuidora. "Há um conjunto expressivo de provas", disse.

O ministro enumerou e-mails, anotações apreendidas pela Polícia Federal na casa de Collor em Brasília, registros de entrada do então senador na sede da BR, comprovantes de depósito encontrados no escritório do doleiro Alberto Youssef, além das delações do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e do dono da UTC Ricardo Pessoa.

"Os conteúdos demonstram que ele (Collor) detinha informações detalhadas a respeito dos negócios firmados", concluiu Fachin.

continua após publicidade

O ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e o operador Luís Pereira Duarte de Amorim também são réus no processo. Para eles, Fachin sugeriu penas de oito anos e um mês de prisão e 16 anos e dez meses de reclusão, respectivamente.

O ministro ainda defendeu que Collor, Bergamaschi e Amorim sejam condenados e devolver R$ 20 milhões - o equivalente ao dinheiro supostamente desviado.

O ministro Alexandre de Moraes também votou para condená-los, mas não chegou a sugerir uma pena. Ele disse ver 'elementos fortes e autônomos' dos crimes.

"Houve uma formação de uma organização criminosa, inclusive com o doleiro Alberto Youssef, com o pagamentos por meio de sofisticado esquema de branqueamento", afirmou.

O julgamento continua nesta quinta-feira, 18.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Fachin pede 33 anos de prisão para Collor em regime fechado"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!