O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, evitou falar sobre depoimentos colhidos pela PF com a ex-mulher do homem responsável pelas explosões ocorridas na noite de quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes. Passos, no entanto, confirmou um vídeo nas redes sociais publicado pela ex-companheira do autor do atentado, em que ela diz que o alvo do ataque seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O que posso dizer é que nossa equipe já está em campo coletando informações para que a gente traga a maior quantidade possível de informações e provas para que possamos, em curto espaço de tempo, trazer uma resposta definitiva sobre o episódio", disse.
"O áudio da ex-esposa do autor do atentado é muito categórico, e há outras mensagens de redes sociais, inclusive enviadas ao STF ameaçando a Corte como um todo. A fala da senhora é que o alvo dessa pessoa era o ministro Alexandre de Moraes", completou. O diretor-geral da PF afirmou que a investigação vai confirmar se o alvo era, de fato, o ministro do Supremo.
Andrei Passos disse, ainda, que "um dos elementos que aponta uma relação direta entre esses episódios" é um escrito na casa em Ceilândia que faz referência a uma participante do ato de 8 de janeiro. Passos chegou a se referir à mulher como uma "terrorista", mas depois se corrigiu. O diretor-geral da PF disse, ainda, que há "um áudio da ex-esposa que cita que ele autor do atentado estava aqui no começo de 2023".
O autor do atentado teria tentado entrar no STF, mas não conseguiu. Não tendo conseguido, foi à Praça dos Três Poderes, onde causou as explosões e, em seguida, se matou. O episódio, segundo Passos, mostra que "movimentos extremistas infelizmente se mostram muito vivos".
O diretor-geral da PF disse que as bombas no carro que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados foram detonadas de maneira remota e eram fogos de artifício. Passos relatou, ainda, ter recebido informações nesta quinta de que há novas ameaças enviadas ao STF.
Questionado sobre um drone que caiu nos arredores da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, o diretor-geral da PF disse que "aparentemente" não há relação do episódio com as explosões na Praça dos Três Poderes.
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