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Exército diz acompanhar investigação sobre golpe, e Marinha afirma seguir a lei

Com oficiais-generais e ex-comandantes na mira da Polícia Federal, o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil se pronunciaram nesta quinta-feira, dia 8, sobre a Operação Tempus Veritatis, que atingiu integrantes da cúpula do governo Jair Bolsonaro, além

Felipe Frazão (via Agência Estado)

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Escrito por Felipe Frazão (via Agência Estado)
Publicado em 08.02.2024, 21:28:00 Editado em 08.02.2024, 21:35:48
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Com oficiais-generais e ex-comandantes na mira da Polícia Federal, o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil se pronunciaram nesta quinta-feira, dia 8, sobre a Operação Tempus Veritatis, que atingiu integrantes da cúpula do governo Jair Bolsonaro, além do próprio ex-presidente, e expôs detalhes do envolvimento de militares no que foi descrito pelos investigadores como uma tentativa de golpe de Estado.

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Em nota, o Exército afirmou que colabora com as investigações, em tom similar ao adotado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. O comando da Força Terrestre foi avisado previamente pela Polícia Federal da operação.

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Exército Brasileiro (EB) acompanha a operação deflagrada pela polícia Federal na manhã desta quinta-feira (8 de fevereiro de 2024), prestando todas as informações necessárias às investigações conduzidas por aquele órgão", afirma o comunicado oficial.

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A operação atingiu uma série de oficiais-superiores e generais. Entre eles, estão três ex-ministros militares, todos generais de quatro estrelas: Walter Souza Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa).

Dois dos alvos também comandaram as Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. Além do próprio general Paulo Sérgio, do Exército, o almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, da Marinha, estão entre os alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim). A PF apura ainda a participação de outros 13 militares, entre integrantes da ativa e da reserva.

O Centro de Comunicação Social da Marinha emitiu uma nota que evita citar o teor das acusações, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter divulgado os detalhes e suspeitas que embasaram a operação.

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"Em relação à Operação da Polícia Federal Tempus Veritatis, a Marinha do Brasil (MB) reitera que não se manifesta sobre processos investigatórios em curso, sob sigilo, no âmbito do Poder Judiciário. Consciente de sua missão constitucional, a MB, Instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência", diz o texto da Força Naval.

A Força Aérea Brasileira (FAB) foi a única das três Forças Armadas a não se manifestar. A investigação cita o ex-comandante-geral, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, mas até o momento ele não se tornou alvo.

Segundo a PF, uma nota conjunta dos então comandantes assinada em 2022 teria sido relevante para "manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas, em vista do suposto respaldo das Forças Armadas ao movimento".

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Os investigadores identificaram que Almir Garnier, Baptista Junior e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes foram convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para reunião em que o mandatário apresentou a minuta de um decreto golpista e pressionou os comandantes a aderirem.

O conteúdo da investigação mostra que o então comandante da FAB foi pressionado, entre outros, pelo ex-ministro Braga Netto e considerado "traidor da pátria", em tese, por não aderir ao intento.

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