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Ex-ministro da Educação quer liderar militância digital

Demitido do Ministério da Educação, o economista Abraham Weintraub deve seguir na defesa do presidente Jair Bolsonaro, mas, sobretudo, quer aumentar sua influência nas redes sociais e se projetar com um líder da direita. A interlocutores, ele admite usar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.06.2020, 09:30:00 Editado em 20.06.2020, 09:34:47
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Demitido do Ministério da Educação, o economista Abraham Weintraub deve seguir na defesa do presidente Jair Bolsonaro, mas, sobretudo, quer aumentar sua influência nas redes sociais e se projetar com um líder da direita. A interlocutores, ele admite usar a projeção que ganhou no MEC para concorrer a governador de São Paulo ou a senador em 2022.

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Ao ocupar um posto de diretor do Banco Mundial, em Washington (EUA), cargo para o qual foi indicado ontem, Weintraub também deve se aproximar ainda mais do guru Olavo de Carvalho, que mora no estado americano de Virgina. O ex-ministro também pretende manter relação com o diplomata olavista Nestor Forster, encarregado de negócios da embaixada brasileira na capital americana. Embora ex-alunos do guru bolsonarista, os dois não se conhecem pessoalmente. Por fim, Weintraub deseja também ser um interlocutor do grupo do presidente Donald Trump.

Longe do governo Bolsonaro, Weintraub disse que estará mais livre para falar o que pensa sem ser cobrado. O ministro demissionário manteve o tom provocativo em postagem na manhã desta sexta-feira, um dia depois de anunciar a sua exoneração. O alvo, desta vez, foi justamente o atual governador de São Paulo, João Doria, que havia comemorado sua demissão.

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"Gov Dória, docinho, que delícia! Pegue as compras dos hospitais de SP e compare com os preços dos hospitais universitários do MEC. Respirador, máscara, álcool gel, pode escolher. Caso tenha um item seu mais barato, uso sapato sem meia e calça apertada sem cueca, para não marcar", escreveu. A uma apoiadora que elogia sua atuação no MEC, responde: "Estarei sempre por aqui".

No entanto, um ex-integrante do alto escalão do Banco Mundial, que pediu para não ser identificado, ressaltou que, na diretoria, Weintraub terá que se adaptar ao código de ética do organismo, que proíbe declarações sobre a política dos países membros. Não seriam permitidas, por exemplos, publicações polêmicas em redes sociais, como a que Weintraub fez, ao ironizar os chineses e a pandemia do coronavírus.

Bolsonaro vinha sendo pressionado a demitir o ministro como um gesto de trégua a magistrados Supremo Tribunal Federal, a quem Weintraub chamou de "vagabundos" em reunião ministerial. A situação se agravou após o ministro participar de um ato ao lado de bolsonaristas e repetir a ofensa domingo passado.

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O argumento dos que defendiam a demissão era de que Weintraub se tornou um gerador de crises desnecessárias justamente no momento em que o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, inquérito e ações que podem levar à cassação do mandato, tenta diminuir a tensão na Praça dos Três Poderes.

Na segunda-feira passada, Bolsonaro chegou a recriminar a ida do seu ministro ao ato, dizendo que ele não foi "prudente". No vídeo em que anunciou sua saída, Weintraub disse que está preocupado com a família. "O presidente já referendou. Obrigado, presidente. E com isso, eu, a minha esposa, os nossos filhos e até a nossa cachorrinha Capitu, a gente vai poder ter a segurança que hoje me está deixando muito preocupado", afirma. (Colaborou Lorenna Rodrigues)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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