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Ex-deputada Sandra Cavalcanti morre no Rio, aos 96 anos

A ex-vereadora, deputada estadual e deputada federal pelo Rio de Janeiro Sandra Cavalcanti morreu nesta sexta-feira, 11, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca. A informação foi divulgada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), segundo a qu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.03.2022, 20:46:00 Editado em 11.03.2022, 20:53:40
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A ex-vereadora, deputada estadual e deputada federal pelo Rio de Janeiro Sandra Cavalcanti morreu nesta sexta-feira, 11, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca. A informação foi divulgada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), segundo a qual o velório e o sepultamento serão realizados neste sábado, 12, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul do Rio). Sandra iniciou a carreira política em 1954 e exerceu mandato até 1995, então como deputada federal. Em 1960, eleita deputada estadual do então Estado da Guanabara, teve uma atuação marcante como parlamentar aliada ao então governador Carlos Lacerda.

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"A lembrança que fica da história da Sandra Cavalcanti é de uma parlamentar altiva, convicta das suas ideias, combativa e defensora das causas sociais. Certamente ela deixou um relevante legado na história política do nosso Estado e do Brasil. Foi uma brilhante deputada", afirmou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT-RJ).

Formada em Letras pela PUC-Rio, em 1954 Sandra elegeu-se vereadora do então Distrito Federal pela UDN. Na eleição seguinte, em 1960, elegeu-se deputada estadual com 14.513 votos e o apoio da escritora Rachel de Queiroz, que vaticinou: "A quem um voto dado será um voto dignificado". Como deputada udenista, Sandra foi a porta-voz de Lacerda, que havia sido eleito governador (1960-1965).

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Em 1961 Sandra foi convidada pelo presidente Jânio Quadros para ser a embaixadora do Brasil na Unesco, mas recusou o convite e defendeu o fim dos carros oficiais e o direito de os homens serem professores primários.

Como secretária de Serviços Sociais da Guanabara, em 1964, ela removeu inúmeras favelas, transformando-as em conjuntos habitacionais e criando, por exemplo, a Cidade de Deus, a Vila Kennedy e a Vila Aliança. Como presidente do Banco Nacional de Habitação (BNH), Sandra se tornou uma incentivadora das cooperativas habitacionais.

Em 1974 elegeu-se novamente deputada estadual, sendo a mais votada do seu partido (Arena), com 34.516 votos, à Assembleia Constituinte Estadual na nova unidade da Federação (o Estado do Rio de Janeiro). Pioneira, Sandra defendeu a criação do Ministério para Assuntos Femininos.

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Em 1986 Sandra se elegeu deputada federal constituinte, pelo então PFL, tendo sido a segunda mais votada do Estado. Ela se reelegeu em 1990, exercendo seu segundo e último mandato até o início de 1995.

Em 1995 assumiu a Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais da Prefeitura do Rio de Janeiro, cujo titular era César Maia, tornando-se membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social. Dois anos depois, com Luiz Paulo Conde à frente da prefeitura, Sandra coordenou a visita do papa João Paulo II à cidade.

Sandra Cavalcanti foi também diretora de um telejornal na TV Tupi, teve participação de destaque no corpo de jurados do programa de TV de Flávio Cavalcanti (de quem era prima) e estrelou o programa Manchete Shopping Show, na TV Manchete. Era botafoguense convicta e não deixou herdeiros.

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