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Ex-comandante do Planalto, general Dutra diz à CPMI que não houve omissão de militares no 8/1

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP) durante os ataques criminosos às sedes do Três Poderes, disse nesta quinta-feira, 14, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que as Forças

Weslley Galzo (via Agência Estado)

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Escrito por Weslley Galzo (via Agência Estado)
Publicado em 14.09.2023, 10:17:00 Editado em 14.09.2023, 10:23:00
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O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP) durante os ataques criminosos às sedes do Três Poderes, disse nesta quinta-feira, 14, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que as Forças Armadas agiram para dissuadir os golpistas naquele dia. "Diante dos fatos apresentados, não há como se concluir que houve inércia ou omissão dos militar", afirmou.

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Dutra foi questionado desde o primeiro momento sobre os motivos de o seu batalhão não ter desfeito os acampamentos golpistas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, assim como a sua motivação para impedir que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) efetuasse prisões no local na noite da invasão às sedes dos Três Poderes.

O militar argumentou que as prisões não foram efetuadas na noite do dia 8 de janeiro no Setor Militar Urbano (SMU), onde fica o QG do Exército, para evitar confrontos e eventuais vítimas. "Em Nenhum momento nós impedimos (as prisões). Nós trabalhamos de maneira extremamente sinérgica com os órgão de segurança pública", disse.

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Ainda de acordo com Dutra, o Gabinete de Segurança Institucional (GS) acionou o Comando Militar do Planalto (CMP) às 11h54 do dia 8 de janeiro solicitando apoio para proteger o Palácio do Planalto. Às 12h30, um pelotão designado pelo então comandante teria chegado à sede do Poder Executivo federal. O general, contudo, não explicou porque o grupamento não impediu a invasão do prédio pelos golpistas.

Em abril, Dutra foi exonerado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do posto de comandante militar do Planalto. A decisão ocorreu em meio às acusações de que o militar teria sido omisso no combate às invasões do 8 de janeiro, quando golpistas tomaram e depredaram os prédios do Supremo, Planalto e Congresso na Praça dos Três Poderes. Naquele mesmo mês, o general depôs à Polícia Federal junto com outros 80 militares sobre a eventual participação das Forças Armadas nos atos golpistas.

Antes de comparecer à CPMI, Dutra depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na ocasião, ele relatou ter convencido o presidente Lula a efetuar a operação de prisão contra os golpistas somente no dia seguinte à invasão aos Três Poderes, no dia 9 de janeiro.

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Segundo o militar, Lula estava irritado e teria dito a ele que os golpistas são criminosos e todos deveriam ser presos. "Eu disse: 'Presidente, ninguém tem dúvida disso, estamos todos indignados, serão presos'. Ele repetiu: 'General, são criminosos, têm que ser todos presos'", disse Dutra á CPI do DF.

Em sua fala, Dutra disse que em nenhum momento recebeu ordem judicial para desmontar o acampamento golpista em frente ao QG do Exército até o dia 8 de janeiro. O general tem utilizado o argumento de que a Justiça não solicitou a remoção dos acampados e que, por isso, o Comando Militar do Planalto não poderia desmobilizar a manifestação golpista, sob risco de violar o direito a protestar.

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