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Ex-assessor de Bolsonaro, sargento diz à CPMI que foi a atos golpistas e se diz arrependido

O sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu nesta quinta-feira, 24, ter participado dos atos golpistas de 8 de Janeiro. A declaração foi feita à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 d

Weslley Galzo (via Agência Estado)

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Escrito por Weslley Galzo (via Agência Estado)
Publicado em 24.08.2023, 14:51:00 Editado em 24.08.2023, 14:55:17
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O sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu nesta quinta-feira, 24, ter participado dos atos golpistas de 8 de Janeiro. A declaração foi feita à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. O militar ainda se disse arrependido de se envolvido na invasão aos prédios dos Três Poderes. Reis assumiu ter subido a rampa do Congresso e, no local, ter tirado fotos do prédio depredado. O militar disse que se arrependeu do ato, mas contemporizou sob o argumento de que não havia ninguém para impedir a sua entrada. Ele ainda afirmou ter chegado na Esplanada dos Ministérios quando, segundo ele, a invasão já estaria pacificada. "Eu subi a rampa, estava cheio de gente ali, tirei a foto e fui embora para casa", disse o sargento. O militar é suspeito de pagar as contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com dinheiro vivo repassado por uma empresa de material de construção que tinha contratos com o governo Bolsonaro. Quando questionado sobre o assunto, o sargento optou por fazer uso do direito a silencio sob a justificativa de que a sua versão consta em depoimento na Polícia Federal (PF) O militar trabalhou como assessor do ex-presidente e era o braço direito do tenente-coronel Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência. O dinheiro recebido por Reis era repassado pela Cedro do Líbano. Ao menos R$ 18 mil foram transferidos da conta da empresa para o militar. O sargento alegou ter pedido os repasses ao dono da empresa, Vanderlei Barros, a quem chamava de amigo. O militar, contudo, não soube justificar o motivo de as transferências não terem sido feitas por meio da conta bancária do empresário. "Existe muita confusão nesse emaranhado de transações financeiras, que nesta CPMI nos precisamos saber que irrigou o 8 de Janeiro", disse a relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-MA). Reis está preso desde maio acusado de participação no esquema de fraudes nas carteiras de vacinação de Bolsonaro. Como revelou o

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, o sargento movimentou R$ 3, 3 milhões em suas contas e repassou parte do dinheiro para Mauro Cid no que foi identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como movimentações atípicas. O militar recebia R$ 13 mil por mês. O sargento justificou as movimentações atípicas em suas contas como parte de um "consórcio".

Requerimentos

Antes do início do depoimento de Reis, a CPMI aprovou a quebra de sigilos bancário e fiscal da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker da Vaza Jato Walter Delgatti Neto. Mauro Cid foi reconvocado pelo colegiado. Os requerimentos foram aprovados em bloco.

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