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Estados Unidos, Japão e Reino Unido são dúvida em reunião com Bolsonaro

Representantes de algumas das principais embaixadas estrangeiras em Brasília como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Rússia ainda não confirmaram presença na reunião com Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, dia 18. O evento foi convocado pelo presidente

André Shalders (via Agência Estado)

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Escrito por André Shalders (via Agência Estado)
Publicado em 16.07.2022, 21:59:00 Editado em 16.07.2022, 22:01:01
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Representantes de algumas das principais embaixadas estrangeiras em Brasília como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Rússia ainda não confirmaram presença na reunião com Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, dia 18. O evento foi convocado pelo presidente da República para discutir as urnas eletrônicas brasileiras. Bolsonaro quer apresentar a embaixadores sua tese nunca comprovada de fraude nas eleições de 2014 e 2018.

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Outras embaixadas confirmaram que enviarão representantes, como a da França e a da União Europeia. Há dúvidas na comunidade diplomática sobre quais foram os critérios usados pelo Palácio do Planalto para escolher as representações convidadas para o compromisso político. A representação do Reino Unido em Brasília não foi convidada até o começo da noite deste sábado, 16, assim como alguns outros países europeus, a exemplo da Suécia.

No caso dos Estados Unidos, ainda não há decisão sobre comparecer ou não. O atual chefe da embaixada, o encarregado de negócios Douglas Koneff, está fora de Brasília. Ele só voltará à capital federal na manhã de segunda-feira, quando deverá decidir sobre o assunto. A reunião com Bolsonaro está marcada para a parte da tarde.

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Ao anunciar a reunião durante uma "live" na quinta-feira da semana passada, dia 07, Bolsonaro disse que se encontraria com "cinquenta embaixadores ou mais".

"Convidei os senhores embaixadores, vou falar sobre as eleições de 2014, documentado, vou falar das eleições de 2020, em especial os números apurados em São Paulo, falar de 2018 também, documentado, documentos do próprio TSE. Nada vai ser inventado da minha parte, porque o mundo tem que saber como é o sistema eleitoral brasileiro", disse. Apesar do que alega Bolsonaro, até hoje nunca houve comprovação de fraude no sistema eletrônico de votação.

Outras representações estrangeiras como Japão, Rússia e Coreia do Sul não confirmaram se irão ou não à reunião. No caso sul-coreano, a embaixada disse "desconhecer qualquer convite". O embaixador Lim Ki-mo está em viagem a Seul. Outro que está fora de Brasília é o embaixador da União Europeia, o espanhol Ignacio Ybáñez. Por isso, a embaixada será representada pela encarregada de negócios.

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No caso da Rússia, a resposta da embaixada à reportagem do Estadão foi a de que não há informação sobre convites para a reunião. A representação de Singapura também não enviará representantes. A embaixada da China também foi procurada pela reportagem, mas não respondeu. Atualmente a representação chinesa está sem embaixador, sendo representada por um encarregado de negócios. Na "live", Bolsonaro também afirmou que fará uma apresentação de slides com o software PowerPoint para mostrar as supostas evidências de fraude. "O assunto será um PowerPoint para nós mostrarmos tudo o que aconteceu nas eleições de 2014 e 2018. Documentado. Bem como essas participações dos nossos três ministros do TSE sobre o sistema eleitoral", disse.

Além dos representantes estrangeiros, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não irão ao encontro organizado pelo presidente Jair Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros no Brasil, nesta segunda.

No encontro, o presidente da República apresentará aos estrangeiros a tese nunca comprovada de fraude nas urnas eletrônicas. Em ofício enviado ao Palácio do Planalto, o presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, disse que o "dever de imparcialidade" o impede de ir à reunião. Já o presidente do STF, Luiz Fux, estará fora de Brasília e só retorna à capital na terça-feira.

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Além de Fux e Fachin, Bolsonaro também convidou para o encontro com os dignitários estrangeiros o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Emmanoel Pereira; e a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes - este último é um órgão de assessoria do Congresso e não faz parte do Poder Judiciário. Só Pereira confirmou presença.

O evento com os embaixadores ainda não consta na agenda oficial de Bolsonaro para a segunda-feira, dia 18. O único compromisso previsto é uma reunião com Pedro Cesar Sousa, subchefe de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, marcada para as 15h.

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