Em mais um ataque ao PSDB em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) filiou ao PL no fim de semana o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, além de outras lideranças da região. Na disputa aberta por filiações, o ninho dos tucanos tem sido o principal alvo. Prefeitos da sigla têm sido atraídos ainda pelo governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e PSD. O partido chegou a ter 245 prefeitos no Estado; 30 já deixaram a sigla.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o partido calcula que irá perder metade dos prefeitos em São Paulo na próxima eleição.
O ato em Jundiaí ocorreu dias antes de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Bolsonaro inelegível. Ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para atacar o processo eleitoral.
Bolsonaro foi acompanhado de Tarcísio de Freitas, do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do senador Marcos Pontes (PL-SP) e do deputado estadual André do Prado (PL-SP), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O ato culminou na filiação de sete prefeitos e quatro ex-prefeitos ao PL. Nove deles faziam parte do PSDB, enfraquecendo a sigla tucana.
Luiz Fernando Machado diz que mudou de partido com o objetivo de "contribuir com um projeto de País" em "oposição ao PT", algo que, para ele, não era mais viável no PSDB. "Para atender os interesses de Jundiaí, eu necessito de um partido que tenha força e projeção nacional sob a ótica de Congresso Nacional e sob a ótica de estrutura partidária", afirmou, em entrevista ao Estadão.
Divergências
Para Machado, o PSDB foi, por muito tempo, capaz de "administrar" o eleitor mais conservador que, segundo ele, é predominante no estado de São Paulo. Mas "a sociedade brasileira mudou e o PSDB não acompanhou essas transformações", afirmou.
Durante a pandemia, o prefeito de Jundiaí atuou a favor de medidas sanitárias no combate à pandemia, divergindo da postura assumida à época pelo agora companheiro de partido, o ex-presidente Bolsonaro.
No próprio evento de sábado, Bolsonaro disseminou mais fake news acerca da vacinação, alegando que ela teria grafeno em sua composição e que atacaria ovários e testículos. No domingo, voltou atrás e pediu desculpas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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