O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que todas as indicações neste momento vão no sentido de que haverá uma desocupação voluntária dos acampamentos em frente a quartéis nos próximos dias. Contudo, sinalizou que, caso não seja possível uma desmobilização via diálogo, não está descartado que sejam adotadas medidas para uma desocupação compulsória.
"Temos uma outra possibilidade, que é uma segunda possibilidade. Ou seja, apenas esgotada a primeira, que é essa do diálogo, haverá a segunda possibilidade que é uma desocupação compulsória. O ministro afirmou que irá aguardar para saber o desenrolar da situação para analisar uma decisão na próxima quinta-feira.
Segundo o futuro ministro, a equipe conduz a situação em uma dupla linha de trabalho. "Nós temos uma linha do diálogo, que é conduzida pelo governo do Distrito Federal e pelo ministro José Múcio, que lidera esse trabalho, e há progressivamente passos que estão sendo dados a partir do convencimento das próprias Forças Armadas que aquilo ali constitui um risco às próprias instalações militares", disse.
Questionado sobre recentes ocorrências registradas em Brasília, Dino indicou que, a princípio, não há conexão entre os materiais explosivos encontrados com pequenos grupos que planejavam ou desejavam realizar "atos terroristas". "As investigações prosseguem e estão sendo bem sucedidas. E afirmo: todas as pessoas, rigorosamente todas, que participaram, planejaram, forneceram equipamentos, forneceram armamentos, todas cometeram crimes previstos em lei e, por isso, serão encaminhadas ao Poder Judiciário."
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