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Dimas Covas: Brasil poderia ter sido o 1º país do mundo a iniciar vacinação

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, em dezembro no ano passado, quando o mundo iniciava a vacinação contra covid-19, o Instituto Butantan já tinha

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.05.2021, 11:07:00 Editado em 27.05.2021, 11:12:06
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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, em dezembro no ano passado, quando o mundo iniciava a vacinação contra covid-19, o Instituto Butantan já tinha 5,5 milhões de doses Coronovac produzidas e 4 milhões em processamento. Ambos os lotes não tinham contrato com o Ministério da Saúde.

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Segundo o diretor, não fossem os "percalços" que o Instituto teve que enfrentar no período, "tanto do ponto de vista do contrato, quanto do ponto de vista também regulatório", o Brasil poderia ter começado a imunização contra covid-19 ainda no ano passado.

O diretor do Butantan afirmou que enquanto a maioria dos países já tinha feito a regulamentação para o uso emergencial das vacinas contra covid ,em meados do ano passado, a regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) saiu apenas em dezembro de 2020.

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De acordo com Covas, não fossem esses "atrasos", o Brasil poderia ter sido o primeiro País do mundo a começar a vacinação contra covid-19. Para Covas, o cenário não se concretizou por uma falta de "agilidade maior de todos esses autores.

Dimas Covas apresentou aos senadores a cronologia das tratativas com o Ministério da Saúde para compra da Coronavac e afirmou que se o governo tivesse assinado um contrato apresentado ao Ministério em julho do ano passado, 60 milhões de doses da vacina poderiam ter sido entregues ao Programa Nacional de Imunização até dezembro de 2020.

Covas também afirmou que as "idas e vindas" do governo com relação ao tema, apesar de não atrapalharem o quantitativo de vacinas entregues à pasta, continuaram a atrasar o cronograma de entrega dos imunizantes. O contrato final com o governo foi assinado no dia 7 de janeiro deste ano.

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Sem apoio financeiro

No depoimento, Dimas Covas também afirmou que, até o momento, não houve apoio financeiro do Ministério da Saúde para a produção da Coronavac. Ele ainda relatou que a campanha negativa nas redes sociais contra o imunizante atrapalhou a fase de testes clínicos, por dificuldade de recrutamento de voluntários.

"Era para o estudo clínico ter terminado em outubro, mas aí nós começamos a ter dificuldade com os estudos clínicos. A dificuldade foi a velocidade de entrada de voluntários porque, nesse momento, existia um ambiente conturbado, um combate muito exacerbado a essa vacina nas redes sociais", disse ele.

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Covas também lembrou que, antes de fechar com a farmacêutica chinesa Sinovac, o instituto procurou várias parcerias para desenvolver uma vacina, mas que considerou a cooperação com a empresa ideal porque a tecnologia usada é a mesma que o Butantan domina. "Naquele momento não existia cláusula comercial com a Sinovac, era parceria", afirmou o diretor.

Descaso

Para o líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), a fala inicial de Dimas Covas à CPI da Covid mostra que "mais uma vez, o descaso do governo Bolsonaro com as vacinas fica evidente". "É gravíssimo!", classificou Molon no Twitter ao comentar as declarações do diretor do Butantan sobre a negociação dos imunizantes.

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