A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta sexta-feira, 2, que a data é "importante para São Paulo e para o Brasil", se referindo à volta da ex-prefeita da capital paulista Marta Suplicy ao partido, após quase nove anos de desfiliação.
Marta retorna para ser vice na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Gleisi afirmou que apoiará a ex-prefeita no enfrentamento "da extrema direita".
"Estaremos lá, com a força da nossa militância, com Lula para dar a partida em mais uma grande campanha, em defesa do povo e enfrentando a extrema-direita."
A saída de Marta da sigla não teve todo esse clima de união. Eleita pelo PT prefeita de São Paulo em 2000, e senadora em 2010, ela se desfiliou do partido em 2015, após 33 anos nas fileiras da legenda.
Marta acusou a sigla de protagonizar "um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", em referência aos fatos revelados pela Operação Lava Jato.
Na mesma esteira, Marta apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, de quem foi ministra da Cultura entre 2012 e 2014, durante o segundo mandato presidencial. Gleisi Hoffmann também foi ministra de Dilma na mesma época, comandando a Casa Civil entre 2011 e 2014. O voto de Marta é considerado uma "traição" por uma ala do partido, que foi contra o retorno dela, o que gerou desavenças internas nas últimas semanas.
A cerimônia de filiação de Marta Suplicy deverá ter a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abonará a ficha da volta da ex-prefeita ao partido, e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do Trabalho, Luiz Marinho, e deve receber cerca de mil pessoas. O evento está marcado para esta sexta-feira na Casa de Portugal, centro da cidade.
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